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A festa do título do São Paulo já está preparada. Isso não é menosprezo ao Atlético, adversário de hoje, nem para o Inter, que pode também ser campeão. As providências precisam ser tomadas antes da partida.

Para se formar um time campeão, é preciso criar um ambiente de paz, seriedade, de vitória. E que essa confiança, sem prepotência, se espalhe pelo clube, para a arquibancada e pelo gramado, como ocorre no São Paulo.

Para se formar um time campeão, é preciso ter uma comissão técnica eficiente e, principalmente, um bom elenco, como ocorre no São Paulo. O fator mais importante para o sucesso do São Paulo nos últimos anos sob os comandos de Leão, Paulo Autuori e Muricy, foi manter uma excelente base titular formada por Rogério Ceni, Fabão, Josué, Mineiro, Júnior e Danilo.

Para se formar um time campeão, é preciso definir uma maneira de jogar, criar algumas opções e usá-las no momento certo, como ocorre no São Paulo. Não se pode mudar nem repetir demais. Quando se troca muito, perde-se a harmonia. A excessiva repetição enriquece a técnica, mas empobrece a criatividade.

Para se formar um time campeão, é preciso ter uns três jogadores diferenciados, como Rogério Ceni, Josué e Mineiro, e outros, que mesmo não sendo tão bons, sejam especiais para os torcedores, por se dedicarem bastante ao conjunto, como ocorre no São Paulo com Leandro e outros.

Para se formar um time campeão, é preciso do apoio da torcida também nos momentos ruins, como ocorre no São Paulo. Diferentemente do que pensam muitos torcedores, a pressão e a hostilidade atrapalham muito mais do que ajudam os atletas.

Para se formar um time campeão, é preciso que não haja outras equipes melhores.

Se o São Paulo não for hoje campeão, essa coluna poderá ser repetida no outro domingo. Se perder novamente, a coluna continuará valendo para o último jogo, no dia três de dezembro, quando termina o campeonato.

Mas se acontecer uma grande zebra, dessas para ficar na história, e o São Paulo perder o título, esqueçam tudo que escrevi. Essa coluna poderá também ser transferida para o Inter, outro excelente time.

Podem ainda me chamar e a toda crônica esportiva de açodados e que não entendemos nada de futebol. Só não devem nos chamar de burros. Os técnicos sabem o tanto que essa palavra é pesada.

Sabiá

Uma das minhas distrações nas duas últimas semanas tem sido observar atentamente próximo à varanda do meu quarto uma formosa sabiá chocando no seu aconchegante e seguro ninho, construído em cima do galho de uma árvore.

Nasceram três sabiás. Estão espertos e já colocam a cabeça para fora para observar o mundo. O pai e a mãe se alternam na busca de alimentos para os três. Quando chove, a mãe ocupa todo o ninho para protegê-los.

A minha expectativa é se os três vão voar de repente ou se vão brincar pelos galhos até se sentirem seguros para voar. A natureza certamente já sabe o que vai acontecer.

Diferentemente dos exibidos e complicados humanos, o animal nasce pronto. Por ser puro instinto, ele não precisa simbolizar o mundo, não tem a angústia da morte nem deseja ser personagem de um Big Brother.

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