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Estou diante do papel e da caneta sem encontrar um único e bom assunto para escrever, mesmo com tantos jogos importantes pelo Brasileirão. Poderia palpitar sobre os classificados para a Libertadores e os rebaixados, mas já falaram demais disso. Não sou também um bom palpiteiro. O jeito é divagar com estas pequenas e dispersas notas.

Na semana passada, poucos apostavam no Cruzeiro. O time ganhou do Flamengo e ontem enfrentaria o Inter. Agora, é o Grêmio que está fora das listas dos que irão para a Libertadores. O Paraná, que estava certo entre os rebaixados, tem hoje razoáveis chances de não cair.

Se Nélson Rodrigues estivesse vivo, ironizaria os "entendidos", como ele chamava os comentaristas esportivos que queriam prever resultados e explicar tudo pela lógica e pela prancheta.

Será que o Corinthians vai para a Segunda Divisão? Muitos têm certeza que não, baseados no achismo, na tradição e em uma sensação que não sabem explicar. É o pensamento onipotente. Não tenho nenhuma opinião, mas se Botafogo, Palmeiras, Atlético-MG, Grêmio e Fluminense caíram, porque não o fraco time do Corinthians?

A CPI do Corinthians/MSI foi arquivada por causa da pressão da CBF, do governo federal e dos governadores sobre os parlamentares. Muitos que eram a favor ficaram contra. Assim funcionam as coisas no Brasil. O número de deputados fujões foi maior em Minas Gerais.

Volto aos gramados. Esta semana vi alguns jogos da Liga dos Campeões da Europa. Kaká é cada dia mais atacante, mais artilheiro e mais decisivo. Como é bom ver o Ronaldinho e o meia Alex jogarem com suas visões privilegiadas. Os dois atuam como se estivessem nas arquibancadas, vendo de cima tudo que acontece em campo.

Messi parece um desses brinquedos de corda, programado para correr com a bola colada nos pés e para driblar em todas as velocidades, de todos os jeitos e em todos os lados do campo.

Na sua apresentação como técnico das categorias de base do Corinthians, Cilinho disse: "futebol é toque de bola, aproximação, envolvimento e espetáculo". Depois de ouvir tantas besteiras de vários técnicos, como é bom escutar o Cilinho, mesmo que seus conceitos pouco aconteçam na prática. Há muita gente para atrapalhar e impedir.

Se for confirmado o doping da nadadora Rebeca Gusmão, pelo uso reincidente de testosterona e pelas acusações de fraudes nos seus exames de DNA, não basta suspendê-la ou bani-la do esporte. É preciso também descobrir outras pessoas e outros interesses envolvidos. Como já ocorreu com vários atletas, Rebeca teria sido seduzida pela glória e iludida pelo pensamento onipotente de que nunca seria flagrada nos exames.

Flamengo e Santos fazem hoje o jogo de maior público no Brasileiro. Joel redescobriu Toró, que era uma grande promessa nas categorias de base do Fluminense e estava escondido no Flamengo. Toró me faz lembrar a minha infância. Meu companheiro de ataque no time do bairro se chamava Toró. Eu dava os passes e ele fazia os gols. Toró fazia até chover.

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