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Dunga deve manter o esquema tático dos dois últimos jogos e escalar Mancini no lugar de Ronaldinho, além de Kaká, no de Diego, e um centroavante para a posição de Luís Fabiano, contundido. Como Mancini atua pelos dois lados, seria melhor ele jogar pela direita e Robinho, pela esquerda, onde atua melhor.

A moda na Europa é jogar com atacantes ou meias, um de cada lado, e mais um centroavante. Os três não possuem posições fixas. Isso acontece porque as equipes atuam com dois zagueiros e os laterais quase não avançam. Alguém precisa ocupar os espaços ofensivos pelos lados.

No Brasil, como os laterais atacam bastante, não sei se essa é a melhor opção tática. A vantagem é fazer duplas pelos lados, com os laterais e os atacantes. A desvantagem é deixar o centroavante isolado. Uma dupla na frente é também importante.

Com essa formação tática, a seleção tem outra dificuldade. Como Kaká é muito mais atacante que armador e os dois volantes jogam muito atrás, já que precisam fazer a cobertura dos laterais, existe um vazio no meio-campo. Falta um armador mais habilidoso, organizador, para iniciar as jogadas ofensivas.

Ontem, começaram os treinos. Com certeza, haverá todos os dias, pela manhã e à tarde, treinos de dois toques em um campo pequeno e com os jogadores fora de posição. Os técnicos de todo o mundo adoram esse treinamento. A finalidade é fazer com que os atletas se movimentem mais e consigam tocar a bola e sair de uma marcação em pequenos espaços.

Esse tipo de treino deve ser útil, já que os professores gostam tanto, mas ninguém me convence que é prioritário. Ainda mais para a seleção com pouco tempo.

Seria muito melhor ensaiar as situações que mais acontecem em um jogo. Um time bem treinado precisa saber pressionar e, ao mesmo tempo, se posicionar na defesa para o contra-ataque; saber marcar mais atrás e se preparar para contra-atacar; trocar passes e fazer triangulações; e inúmeras outras coisas. Não vejo nada disso na seleção.

Os técnicos precisam também treinar faltas, escanteios e posicionamentos de jogadores nas bolas paradas, na defesa e no ataque. Isso os bons técnicos fazem muito. Só pensam nisso.

Tão ou mais importante que treinar, é uma boa orientação e uma boa conversa no pé do ouvido com os jogadores. O técnico precisa definir com clareza o que quer.

Qualquer treinador, mesmo o do Íbis, conhece todos os esquemas táticos e sabe montá-los em uma prancheta ou em um computador. Difícil é perceber e conhecer em detalhes os detalhes. Isso poucos sabem. A soma de muitos pequenos detalhes faz a diferença.

Previsões no Brasileirão

Que me perdoem vários jornalistas esportivos sérios, competentes, que tanto admiro, e também os que não admiro. Não quero ser diferente nem um chato de plantão, mas não consigo escutar tantas previsões, tantas hipóteses, tantas contas, tantas idas e vindas e tantas conversas inúteis sobre o futuro no Brasileirão. Não me queiram mal. Se quiserem, podem dizer também que eu estou em cima do muro.

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