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Frankfurt – O técnico Carlos Alberto Parreira ainda espera uma palavra do presidente da CBF para anunciar oficialmente o desligamento da seleção brasileira. Assim como fez logo após a eliminação contra a França, o treinador disse que a decisão caberá a Ricardo Teixeira, que permanece na Alemanha até o fim da Copa.

Vanderlei Luxemburgo, atual técnico do Santos, é o nome mais cotado para assumir o cargo. Paulo Autuori, campeão da Libertadores e Mundial de Clubes pelo São Paulo em 2005, conta com a simpatia de setores da CBF e corre por fora.

Ontem, o ainda comandante da equipe falou novamente sobre a participação pífia do país no torneio da Fifa. Chegou a soltar frases de impacto, em claro sinal de abatimento e desconforto.

"Vamos enterrar o defunto com dignidade. Ressurgir como nunca das cinzas. Até a próxima Copa o futebol brasileiro vai brilhar", destacou, em analogia mórbida sobre a eliminação da equipe. "É hora de lamber as feridas", citou ainda.

Pelo menos em duas situações Parreira falou do futuro como se fizesse parte dele. "Temos um projeto de mais quatro anos", anunciou, sem jeito.

O fato deixou pelo menos os jogadores constrangidos. Robinho mostrou-se insatisfeito com o seu raro aproveitamento na competição. Adriano, que chegou a perder a posição, preferiu ser diplomático. "Quero ser campeão em 2010. Vou colocar isso no currículo", soltou.

O treinador também defendeu Ronaldinho Gaúcho – um dos ícones do fracasso na Alemanha. "Não vamos começar uma caça às bruxas", pediu. "É um jogo coletivo, não individual. Não devemos acusar atletas, comissão técnica ou qualquer outro."

Em relação ao duelo de sábado, Parreira fez questão de dizer que não foi surpreendido. Jogou todo o peso do resultado na atuação excepcional de Zidane. "Nos últimos oito anos, talvez, foi a melhor partida dele", disse.

Ele também considerou que o melhor havia sido feito durante a fase de preparação para o campeonato. "Não tenho arrependimento, mas estou triste por não dar alegria aos torcedores. Estamos tão tristes quanto eles", garantiu.

Questionado se ficaria marcado pelo fracasso (e não mais pelo tetra em 94), respondeu irritado: "Tenho quase 120 jogos à frente da seleção. Um Mundial conquistado, apenas uma derrota no currículo. Tenho participação em cinco Copas...", desabafou.

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