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A Arena da Baixada ainda vive para a Copa de 2014. | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
A Arena da Baixada ainda vive para a Copa de 2014.| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Nos próximos 28 dias, o comitê da Copa 2014 em Curitiba tentará convencer o Atlético a aceitar a proposta de potencial construtivo (permuta em que quem investir no estádio receberá aval para construir acima dos padrões urbanos estabelecidos em uma determinada área da cidade) oferecida como solução para concluir a Arena. É o último prazo da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) para que a cidade comprove a viabilidade financeira do projeto. Com o suposto plano B definitivamente descartado caberá aos governantes comprovarem ao conselho rubro-negro que a proposta é um boa.

A principal ressalva atleticana é o possível deságio que os papeis possam ter no mercado, já que Coritiba e Paraná também se beneficiariam do benefício. "A única duvida é a liquidez. De maneira justa e coerente eles serão beneficiados, mas isso vai nos deixar com ônus se não vender, com muitos papéis no mercado", diz o vice-financeiro do Atlético, Ênio Fornea. Parte da preocupação atleticana poderá ser aplacada com a influência do poder público no BNDES, que financiará obras para a Copa.

"Estamos vendo (com o BNDES) se esse financiamento pode ser garantido pelos papéis de potencial construtivo, aliviando o comprometimento do patrimônio", diz Luiz de Carvalho, gestor do comitê nomeado pela prefeitura. Carvalho admitiu pela primeira vez que se não houver acordo até 15 de julho, Curitiba pode realmente perder o Mundial – e, por consequência, os R$ 4 bilhões do PAC da Copa. Por isso o gestor insiste no diálogo com o clube.

"A conta que o Atlético fez é um absurdo. A consultoria [solicitada pelo clube] não falou em investimento, só em perdas. Não sei se já avaliaram o que representaria a Arena concluída para o clube. E a proposta é gradativa [soltando os papéis anualmente, em partes no mercado], para que não haja deságio", explica Carvalho.

A convicção no projeto levou uma comitiva com duas engenheiras do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e um jornalista da prefeitura à África do Sul. Eles participarão de um programa de observadores da Fifa para aprenderem com os problemas urbanos e estruturais do atual Mundial.

Copel

O cenário político, com a definição do panorama eleitoral no dia próximo dia 30, deve trazer a resposta final para o investimento. Enquanto o comitê tenta mudar a posição do conselho atleticano, o governo ainda decidirá, na Assembléia, quanto ao patrocínio da Copel aos times paranaenses, em especial à concessão de direitos de nome (naming rights) da Arena. Ontem, a companhia de energia anunciou que dia 25 passará a atuar em caráter experimental nos ramos de telefonia fixa e internet em Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro. O que justificaria ainda mais a necessidade de um investimento em marketing. No Rio Grande do Sul, vereadores de Porto Alegre votaram um projeto de isenção e impostos para que a dupla Grenal renove suas praças esportivas, o que pode ser repetido por aqui.

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