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O técnico Dunga chegou a ironizar Maradona ao comentar sobre as declarações do rival de que ficaria pelado se a Argentina fosse campeã e liberaria sexo, sorvete e chocolate na concentração | Albari Rosa/ Gazeta do Povo – enviado especial
O técnico Dunga chegou a ironizar Maradona ao comentar sobre as declarações do rival de que ficaria pelado se a Argentina fosse campeã e liberaria sexo, sorvete e chocolate na concentração| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo – enviado especial

Grana

Salários "modestos"

Nos salários, há um empate entre Dunga e Maradona. É o que aponta um levantamento do site Futebolfinance.com. Os dois estão em 13º na lista dos 32 treinadores da Copa, com vencimentos equivalentes a R$ 1,8 milhão por ano – mesmo valor de Takeshi Okada, do Japão, e Ricki Herbert, da Nova Zelândia. O maior salário é o do italiano Fabio Capello: R$ 19,8 milhões anuais pagos pela Inglaterra. Em segundo, longe, vem outro italiano, Marcelo Lippi, que comanda a Azzurra por R$ 6,7 milhões. O brasileiro Carlos Alberto Parreira, técnico da África do Sul, é o nono colocado, com R$ 2,7 milhões.

  • Veja lista dos campeões do mundo como jogador e técnico

Johannesburgo - Os técnicos Dunga, do Brasil, e Maradona, da Argentina, irão travar um duelo particular na África do Sul. Os dois são os únicos co­­man­­­­dantes das 32 seleções que podem igualar o feito de Zagallo e Franz Beckenbauer, conquistando o Mundial como jogador e treinador.

Uma briga comum para duas personalidades distintas. ‘El Pibe’ está de barba, cabelos quase longos. Ainda não embarcou para a África do Sul. O comandante brasileiro desembarcou ontem em Johannesburgo com o seu time. Cara limpa, cabelos cortados.

Temperamentos também incongruentes. No ano passado, por exemplo, o argentino soltou: "Eu não jogo como o Dunga. Dunga batia. Eu driblava." O brasileiro retrucou: "Em termos de seleção ganhei tanto como ele. Mesmo com as minhas limitações. Fico feliz por ter competido com vários grandes jogadores."

O estilo liberal de Maradona se mostrou ao liberar sexo, churrasco e vinho para os jogadores na concentração – desde que com moderação –, enquanto Dunga colocou certo freio nas liberdades, limitadas aos dias de folga.

Dieguito não parou por aí. Prometeu sair pelado pelas ruas de Buenos Aires se os seus pupilos conquistarem a taça, no dia 11 de julho. O ex-volante não chega a tanto. "Não prometo na­­da, só muito trabalho a serviço da seleção."

O astro portenho emendou: "Nos dias de folga, tem jogador que gosta de descansar vendo um jogo na televisão, outro de tomar sorvete, outro de sexo..."

Mais comedido, Dunga até arremedou o posicionamento do rival. "Temos de respeitar as individualidades de cada um. Tem gente que não gosta de sexo, sorvete e nem de tomar vinho, por exemplo", falou, desaconselhando tais momentos de prazer nos períodos de confinamento da sua equipe. "Mas quando cada um tiver tempo livre, depende..."

Intimidade à parte, os ex-jogadores de meio-campo tentam fazer história ao levantar a taça nas duas frentes (capitão e comandante). O número de profissionais que tentaram repetir o feito nem é tão grande assim. São apenas oito (veja tabela ao lado). Mas a estatística que o capitão do tetra e Dom Diego não desejam engrossar já é formada por nomes consagrados – Passarela e Klinsmman entre eles.

Nos gramados sul-africanos, um encontro entre o raçudo da camisa amarela e o talentoso da azul e branca só ocorrerá na final, caso não exista zebra na primeira fase.

Os hermanos estão no grupo B. Na teoria, mais fácil do que a chave brasileira, com as decadentes Ni­­géria e Grécia, além da Coreia do Sul. Por isso, espera-se que país vizinho termine em primeiro a etapa de classificação, assim como o time de Dunga, que enfrentará Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal.

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