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Torcedora da Holanda exibe uma faixa otimista, prevendo a conquista da Copa do Mundo pela Laranja, invicta há 25 jogos | Dennis Beek/AFP
Torcedora da Holanda exibe uma faixa otimista, prevendo a conquista da Copa do Mundo pela Laranja, invicta há 25 jogos| Foto: Dennis Beek/AFP
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Ao analisar o retrospecto de Ho­­landa e Espanha desde a eliminação nas oitavas de final do Mun­­dial da Alemanha, em 2006, é possível concluir pelo menos uma coisa: as duas seleções me­­­receram chegar à final da Copa da África do Sul. Desde que fo­­ram derrotadas por Por­­tugal e França, respectivamente, am­­bas as equipes demonstraram um trabalho a longo prazo de resultados positivos em se­­quência, destacando-se como as melhores entre as principais seleções do planeta.

Contando amistosos, Euro­­copa (com a fase classificatória), Elimi­­natórias da Copa e o Mun­­dial de 2010, a Holanda jogou 54 par­­tidas nestes quatro anos, com 39 vitórias, 10 empates e 5 derrotas. Um aproveitamento de 78,4%.

Já a Espanha atuou mais e foi ainda melhor, sendo campeã do torneio europeu. Em 60 confrontos desde julho de 2006, na conta acrescenta-se também a Copa das Confe­­de­­rações, foram 51 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Ou seja, eficiência maior que a da rival: 87,2%.

No que se refere às vitórias, as finalistas da Copa têm uma característica semelhante: as duas seleções venceram todas as partidas nas Eliminatórias do torneio mundial, sendo que a Ho­­lan­­da atuou sete vezes, enquanto a Espanha entrou em campo em 10 oportunidades. Caso não ti­­vesse perdido na es­­treia para a Suíça, os espanhóis, como os holandeses, também poderiam se gabar de serem campeões com 100% de aproveitamento desde a fase eliminatória.

Ontem, o mito alemão Franz Beckenbauer se manisfestou na África do Sul sobre o confronto de domingo, às 15h30, em Johannes­burgo. "É uma final merecida", atestou o Kaiser. "A atuação da Espanha no 2º tempo [contra a Alemanha] foi uma das melhores da competição".

Já com relação às poucas der­­rotas dos dois times neste período, sobram curiosidades. Dos cinco jogos em que a Ho­­landa foi derrotada, dois foram contra equipes teoricamente fracas e que nem chegaram à Copa: Romênia e Bielorrússia, pelas Eliminatórias da Euro­­copa, em 2007. Porém o pior re­­vés ocorreu no ano seguinte, quando foi surpreendentemente eliminada do torneio nas quartas de final pela Rús­­sia.

A última vez em que a La­­ran­­ja saiu de campo em des­­van­­tagem no placar foi no dia 6 de setembro de 2008, em Ein­­dhoven, em um amistoso contra a Aus­­trália.

Do lado espanhol, que também perdeu cinco vezes em quatro anos, a última derrota, como já foi dito, foi contra a Suíça. Antes disso, a atual campeã eu­­ro­­peia tinha sido batida pelos Estados Unidos em 2009, pela Copa das Con­fe­derações. Dos adversários bizarros que passaram pela Fúria destaca-se a Ir­­landa do Norte, nas Elimina­­tórias da Eurocopa, em 2006, ainda na ressaca da Copa da Ale­­manha; e também a Rom­ê­­nia, em amistoso no mesmo ano em pleno território espanhol, em Cádis.

Porém, diante de uma se­­quên­­cia de sucessos nestes qua­­tro anos, as derrotas se tornam curiosidades e exceções. Co­­mo Holanda e Espanha venceram as seleções mais tradicionais do mundo neste período, como Brasil, Itália, França, Ale­­­­­ma­­nha, Portugal, Arg­­en­­ti­­na e Inglaterra, a final da Copa mostra que cada vez menos o futebol é a tal "caixinha de sur­­­­presa".

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