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Costa Mkadna e Sonny Manissa, assadores oficiais da churrascaria Rodízio, em Johannesburgo, de propriedade dos portugueses José e Tony da Costa | Albari Rosa/ Gazeta do Povo – enviado especial
Costa Mkadna e Sonny Manissa, assadores oficiais da churrascaria Rodízio, em Johannesburgo, de propriedade dos portugueses José e Tony da Costa| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo – enviado especial
  • Imagem da moderna casa de carnes sul-africana: Rio de Janeiro como modelo

Carnes servidas no espeto, música brasileira na caixa, guaraná no copo e português (com sotaque, é verdade) no papo com garçons e funcionários. Tudo isso do outro lado do Oceano Atlân­­tico. Mais precisamente na África do Sul.

Na maior cidade do país da Copa do Mundo, a gastronomia internacional é valorizada. A brasileira inclusive. Na churrascaria Rodízio, até o nome lembra a terra dos pentacampeões mundiais de futebol.

Os donos, dois irmãos portugueses que vivem desde criança na África, administram o empreendimento há 14 anos e não têm do que se queixar. São duas se­­des em Johannesburgo com o sabor tupiniquim na churrasqueira e 49 funcionários em ação.

José, 48 anos, e Tony da Costa, 46, tiveram a ideia do restaurante quando estavam na Europa a passeio. Em Portugal, os dois foram jantar em uma casa que servia carnes "à la Brasil" e resolveram implantar um modelo em solo africano. Depois, am­­pliaram o conhecimento com visitas ao Rio de Janeiro.

"Tudo começou ali [Portugal]. Tinha carne servida na mesa, música e dança para os clientes", relembra Tony, sobre o episódio ocorrido há 18 anos.

No cardápio, nem todos os tipos de carnes encontrados nas tradicionais churrascarias brasileiras são servidos. Por outro lado, algumas opções pouco vistas no churrasco canarinho estão à disposição.

É claro que alguns obrigatórios como picanha, costelinha de porco, cupim, frango e linguiça são servidos. Mas uma barriga suína, por exemplo, pode surpreender.

"Nosso desejo é trazer os brasileiros [da seleção] aqui. Quem sabe para comemorar o título", deseja Tony, sabendo que o regime de isolamento imposto por Dunga não permite uma visita antes da competição.

Nas mesas, além dos jornalistas brasileiros que estão invadindo o local, muitos sul-africanos interessados na culinária vinda do outro lado do Atlântico. Fãs de futebol também escolheram a churrascaria por causa do clima de Copa do Mundo instalado pelas bandeiras e camisas de futebol.

Uma família, pai, mãe e dois filhos, fanáticos pelos Bafana Bafana, jantavam no dia em que a reportagem visitou a casa de carnes.

"Gosto muito de futebol, sou goleiro e fã de Júlio César", diz o garoto Kabi Npeta, de 12 anos. "Os Samba Boys estão na cidade. Temos de celebrar", diz a mãe, Mo­­seketsi, também acompanhada do marido, Motsene, e do outro filho, de 16 anos, Neo. "Te­­mos ingresso e não vamos perder o jogo Brasil x Coreia do Nor­­te", avisa o patriarca do grupo.

Após a comilança, especialmente na sexta e no sábado, ninguém fica parado na Rodízio. Uma pista de dança instiga os clientes a pular ao som de músicas latinas e brasileiras. Até funk toca na propriedade de portugueses que querem ver, também, Cristiano Ronaldo e cia. na África do Sul.

"Para Durban [jogo diante do Brasil, 25 de junho] eu vou e ele fica cuidando da churrascaria", disse José, satisfazendo-se em dividir com o irmão o direito de ir ver os lusos em ação no Mun­dial.

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