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Sibeko comemora o gol que abriu o placar no empate da África do Sul contra a Bulgária: Bafana Bafana oscilou muito em campo | Siphiwe Sibeko / Reuters
Sibeko comemora o gol que abriu o placar no empate da África do Sul contra a Bulgária: Bafana Bafana oscilou muito em campo| Foto: Siphiwe Sibeko / Reuters

Os mais de 20 mil torcedores que foram ao estádio de Orlando, em Soweto, devem ter saído com um grande ponto de interrogação na cabeça. Afinal, qual é a verdadeira a África do Sul? O time agressivo que ofereceu ótimos momentos contra a Bulgária ou o que cometeu erros provavelmente imperdoáveis numa Copa do Mundo? Em uma hora e meia a equipe mostrou novas virtudes, antigos defeitos e saiu com um resultado justo. Um pra lá, um pra cá contra a Bulgária.

Já seria um bom começo se entrassem com mais agressividade em campo.Os dez primeiros minutos foram um sonífero em forma de partida de futebol. Até que Mphela resolveu acordar a África do Sul com duas boas chances no mesmo lance. Bateu a falta da intermediária, o goleiro soltou, a bola chegou na lateral, o mesmo Mphela se mandou para a área a tempo de receber o cruzamento e jogar pra fora.

A África do Sul cresceu e deixou a Bulgária pequenininha, encurralada em seu campo. Modise quase fez o primeiro, aos 15, em chute de longe. E aos 19, em jogada exaustivamente treinada, os anfitriões marcaram. Escanteio cobrado por Tshabalala no segundo pau, na cabeça do zagueiro Sangweni. Da pequena área, ele só escorou: 1 a 0.

A torcida pulava, o estádio de Orlando balançava, mas a África do Sul inexplicavelmente parou. Preferiu toques sem objetividade e firulas no campo de defesa. Deu espaço e a Bulgária chegou e avisou que queria o empate. Primeiro com um chute de fora da área, aos 24. Depois aos 28, quando Bozhinov cruzou, a bola desviou na zaga e passou a dois dedos da trave. Até que aos 31, Peev mandou pra área. Bozhinov, com liberdade, perto da marca de pênalti, matou a bola e depois o goleiro Khune com um toque de categoria. 1 a 1.

E o jogo, de novo, mudou de lado. A África do Sul voltou a se impor, levou perigo em chutes de fora da área, escanteios, cobranças de falta. Criou chances mas foi para o intervalo com o empate.

No segundo tempo, Parreira lançou três jogadores que deverão ser titulares na Copa. O zagueiro e capitão Mokoena, o lateral-esquerdo Masilela e o volante Dikgacoi, que se apresentaram à seleção mais tarde porque atuam no exterior.

Depois Parreira ainda fez mais três mudanças, a Bulgária trocou cinco e o ritmo do jogo caiu dos dois lados. As chances de gol, raras, deixaram de ser criadas pelos atacantes e passaram a ser oferecidas pelos defensores.

O bom goleiro Khune, da África do Sul, quase entregou ao sair em um cruzamento e se enrolar com a bola. Depois foi o lateral Gaxa, que recuou mal e quase deixou o búlgaro Rangelov na cara do gol.

A África do Sul, tímida, arriscou chutes de longe, tentou inflitrações mas não respingou perigo na área búlgara. Se jogarem assim têm pequenas chances no grupo com França, México e Uruguai. Mas se buscarem o gol como em parte do primeiro tempo, podem fazer o país explodir de alegra. Faltam exatos 18 dias para a estreia contra o México, tempo para os anfitriões da Copa descobrirem sua verdadeira identidade.

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