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A empresa elétrica sul-africana Eskom disse nesta terça-feira (29) estar confiante de que um acordo pode ser alcançado em breve para romper o impasse em torno de uma disputa salarial com sindicatos.

A disputa entre a Eskom e sindicatos que representam milhares de trabalhadores da empresa estatal elevou temores de uma greve que poderia romper o fornecimento na maior economia da África e afetar a Copa do Mundo.

Cortes de energia poderiam afetar indústrias e o setor de mineração no maior produtor mundial de platino e no quarto maior de ouro, forçando o setor a interromper atividades, o que poderia afetar os preços de metais preciosos.

O diretor de Recursos Humanos da Eskom, Bhabhalazi Bulunga, disse que um acordo com os sindicatos era iminente. Ele se recusou a dizer quem estava envolvido nas negociações com o sindicato.

"Esperamos por uma solução em breve, acho que vamos nos encontrar em algum ponto", disse Bulunga à Reuters.

A União Nacional de Mineradores (NUM, na sigla em inglês) disse esperar que seu conselho, que inclui representantes de trabalhadores da Eskom, inicie um processo que pode levar à votação sobre uma greve caso a Eskom não melhore sua oferta.

Analistas consideram a ameaça de greve como uma estratégia de negociação do sindicato para colocar pressão sobre a Eskom a fazer concessões salariais e de benefícios maiores, e não esperam a ação siga adiante.

A NUM, que representa cerca de metade dos 32 mil funcionários da Eskom, a União Nacional dos Metalúrgicos da África do Sul (Numsa, na sigla em inglês) e o sindicato Solidariedade afirmaram na sexta-feira que não planejavam uma greve iminente.

"O conselho se reunirá para decidir o que fazer daqui em diante e, olhando para a irritação expressada por nossos membros, tudo pode acontecer", disse o porta-voz da NUM, Lesiba Seshoka.

"Se isso acontecer (um acordo sobre um processo de greve) vamos imediatamente dar uma notificação de 48 horas para a Eskom", acrescentou.

Seshoka disse que a NUM espera que a Numsa e o Solidariedade se junte a ela numa eventual greve na Eskom.

No entanto, num sinal de que os dois lados da negociação reduziram suas divergências, a NUM reduziu sua reivindicação inicial de aumento salarial de 15 por cento, para 9 por cento. A Eskom manteve sua proposta de aumento de 8 por cento, ao mesmo tempo que melhorou sua oferta para reajuste de um auxílio-moradia, disse a companhia.

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