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Esperança da seleção brasileira, Kaká entrou no segundo tempo contra o Athletic Bilbao, sábado, e melhorou o Real Madrid: o time  partiu do 1 a 1 para o 5 a 1 | Pierre Philippe Marcou/ AFP
Esperança da seleção brasileira, Kaká entrou no segundo tempo contra o Athletic Bilbao, sábado, e melhorou o Real Madrid: o time partiu do 1 a 1 para o 5 a 1| Foto: Pierre Philippe Marcou/ AFP

Nem bem o Brasil havia sido eliminado pela França no Mundial de 2006 e Kaká já fazia planos para a Copa seguinte, na África do Sul. Almejava liderar a nova geração, deixando definitivamente o papel de coadjuvante de Ronaldo, Ronal­­di­­nho Gaúcho e Roberto Car­­los, os pivôs de um ti­­me que ficou marcado pelo descomprometimento.

Adriano também planejava a sua virada. Ao abandonar a Inter de Milão e voltar ao Brasil no ano passado, disse querer apenas ser feliz. Li­­vrar-se da depressão fa­­zen­­do novamente o que gosta. Se sentir livre para andar descalço pelas ruelas da Vila Cruzeiro, no Rio, ao lado de amigos de infância, tomar a sua cervejinha e jogar pelo Fla­­mengo, o time do coração. Recuperando a alegria, estaria credenciado a retornar à seleção.

A um dia da convocação final para o Mundial – amanhã, a partir das 13 horas, na sede da CBF, no Rio de Janeiro – Kaká e Adriano são duas incógnitas. O nome do meia do Real Madrid certamente estará na relação. Já o centroavante ainda não tem certeza de que atravessará o Atlântico.

O problema de Kaká foram as seguidas lesões. No ano passado, uma pubalgia crônica. Nos primeiros meses de 2010, uma lesão muscular na coxa esquerda o tirou da maioria dos jogos do Real Madrid.

As contusões comprometeram seriamente o desempenho, a ponto de ser duramente cobrado pela torcida do Real e pela imprensa espanhola. Desde que saiu do Milan, negociado por cerca de R$ 177 milhões, no segundo semestre do ano passado, Kaká fez 31 partidas e apenas 9 gols. O longo período de inatividade levantou inclusive suspeitas de que estaria em pré-temporada para a Copa, boato prontamente desmentido pelo staff do jogador.

Para não polemizar ainda mais, ele não tem dado entrevistas. Conversa apenas com a comissão técnica e os médicos da seleção. "(A região do púbis) não o incomodou neste ano", afirmou José Luiz Runco, chefe do departamento médico do time nacional. "O Kaká há três meses era o grande jogador que todos queriam ter. Agora também já começaram os questionamentos", defendeu Dunga, sem se alongar.O drama de Adriano é outro. Em ano de Copa, o Imperador emendou uma trapalhada atrás da outra. Discutiu com a ex-noiva após uma festa no morro, faltou a treinos para ir à praia, fechou a cara para a imprensa... Tudo com a complacência da diretoria do clube carioca. Mesmo assim é "pule de dez" na convocação, contra o lobby pelo santista Neymar.

"Estou muito feliz e sei que tenho a oportunidade de ir para a seleção e disputar mais uma Copa. Estou confiante que vou. Quero ir. Não sou maluco. Não quero deixar de disputar uma Copa. Isso se conquista com trabalho", disse ele, na semana passada. Ontem, no entanto, o camisa 9 faltou a um treino pela 13ª vez nesta temporada – como não jogou pelo Brasileiro, deveria trabalhar na Gávea.

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