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Enquanto os mexicanos pedem em vão a anulação do lance ilegal, o atacante Tevez marca o gol e dá uma espiada no bandeirinha para se certificar de que o tento foi validado : “Nós achamos que o juiz daria impedimento”, admitiu o argentino |
Enquanto os mexicanos pedem em vão a anulação do lance ilegal, o atacante Tevez marca o gol e dá uma espiada no bandeirinha para se certificar de que o tento foi validado : “Nós achamos que o juiz daria impedimento”, admitiu o argentino| Foto:

Confiança

Jejum faz Messi perder aposta

Messi ainda busca o seu primeiro gol na Copa do Mundo. De tão incomodado, chegou a fazer uma aposta com Maradona. E perdeu. A revelação ele fez ontem, após o jogo, com um bom humor explicado pela classificação após a Argentina marcar 3 a 1 sobre o México. "Apostei que faria contra o México, mas mais uma vez o goleiro impediu. Contra a Alemanha vou dobrar (a aposta)", afirmou o jogador que, embora bem marcado, teve uma chance no fim da partida, mas parou no arqueiro Oscar Pérez. No primeiro tempo, Messi também poderia ter chutado direto, mas preferiu lançar para Tevez, impedido, abrir o marcador.

A lembrança do lance foi a deixa para Maradona destacar que, se seu pupilo não fez gols ainda, continua apanhando. "[O erro do bandeira] É a mesma coisa que sinto quando não deixam Messi jogar, lhe batem terrivelmente e o árbitro não faz nada. Eu me preocupo muito mais que machuquem ele que sobre um erro de impedimento", disse Maradona.

O melhor jogador da partida, no entanto, foi Carlitos Tevez, que marcou dois gols. O suficiente para o jogador fazer até cara feia na hora de ser substituído. "Estava bem, não era eu o culpado por não termos a posse de bola no segundo tempo. Mas já passou, o importante foram os gols para mostrar que estou bem."

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Se o bandeira número 2, o italiano Stefano Ayroldi, tinha alguma dúvida sobre o lance no qual validou o gol de Tevez, aos 26 minutos de jogo, ela se foi segundos depois de a bola tocar a rede. No telão do Soccer City – por descuido –, o toque de Messi após bola rebatida do goleiro Pérez foi congelado no exato momento em que o camisa 10 da Argentina batia na bola. E o estádio todo pode ver que Carlitos estava não apenas à frente do último jogador, mas muito à frente de todos, inclusive do arqueiro mexicano.

Ayroldi viu o telão e, pressionado pelos mexicanos, ainda parece ter argumentado algo para o árbitro Roberto Rosseti. Mas já era tarde. Mesmo já sabendo do erro, eles não voltaram atrás. "Nós achamos que o juiz daria impedimento", admitiu o autor do gol.

A classificação da Argentina para as quartas de final pode não ter dependido exclusivamente da falha da arbitragem. Mas, na opinião dos mexicanos, foi acelerada pelo erro. "Existe um jogo antes e um depois. São erros que mudam o curso da partida. Nos desconcentramos. E com 2 a 0 contra a Argentina, nesta fase, fica muito difícil", afirmou o treinador Javier Aguirre, sem querer entrar em nenhuma polêmica. "Não quero falar de árbitro, sinto também que me faltou algo, pois não consegui mudar o rumo da história."

Situação completamente oposta viveu Diego Maradona. Após 20 anos, o técnico levou a Argentina a vencer uma partida depois da primeira fase de um Mundial. O último triunfo nos 90 minutos em mata-mata de Copas havia sido contra o Brasil, em 1990, naquele 1 a 0 com gol de Caniggia e passe do próprio Dieguito.

Ontem, Maradona também comemorou o acerto de um palpite feito em março. Quando sua seleção venceu a Alemanha por 1 a 0 em um amistoso, o técnico falou que aquele jogo tinha cara de quartas de final. Ontem, até evi­­tou falar sobre o próximo adversário, mas não conseguiu.

"Alemanha? Me deixa desfrutar um pouco a vitória contra o México. Na Alemanha, penso ama­­nhã. O importante é que hoje fomos superiores os 90 minutos", afirmou. Na insistência de um repórter alemão, porém, cedeu. "Eu gostaria mesmo era de colocar a camiseta e jogar. Mas isso não é como a final de 86", lembrou. Na época, com El Diez em campo, a Argentina ganhou seu segundo título mundial.

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