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Tendo prometido tanto na Copa do Mundo, a Argentina de Diego Maradona se vê de volta à estaca zero com os mesmos problemas que a atormentaram nas eliminatórias do Mundial.As quatro vitórias da seleção, tendo saído na frente em todas, esconderam fragilidades expostas na derrota por 4 x 0 para a Alemanha em partida pelas quartas de final, no sábado.

O ataque não foi capaz de salvar o time --em 13 partidas com Maradona, os argentinos jamais conseguiram virar um jogo.

Lionel Messi, jogador do ano da Fifa e aventado como possível craque do torneio, ficou mais recuado no meio campo nos cinco jogos e não chegou a brilhar como se esperava.

Um Maradona estupefato disse: "É diferente agora... acho que os jogadores costumavam jogar por si mesmos, e hoje são mais práticos, mais preocupados com o time."

"Tínhamos jogadores que carregavam o time nas costas", declarou o técnico, que conquistou praticamente sozinho o segundo título da Argentina, em 1986, no México.

No sábado, o técnico alemão Joachim Loew disse ter a resposta para as táticas do argentino.

"A Argentina é um time dividido entre a defesa e o ataque. Esse foi o segredo para controlar o meio campo, e a partir disso construir nossa vitória," declarou Loew.

Atrás no placar após três minutos, a Argentina sofreu pressão constante pelas laterais, e os zagueiros Nicolas Otamendi e Gabriel Heinze penaram para lidar com o ritmo de jogo da Alemanha.

Os gols marcados pelos talentosos atacantes argentinos na fase de grupos e nas oitavas de final contra o México também esconderam a falta de garra do meio-campo.

Maradona não soube encontrar respostas no banco, exceto para reforçar o ataque quando o time estava na frente.

O treinador volta para casa para ponderar sobre seu futuro sabendo que sua família deseja que ele continue, já que o cargo só trouxe benefícios no quesito pessoal ao ex-viciado em drogas.

Ele tem um acordo com a Federação Argentina de Futebol até o ano que vem, quando a Argentina sedia a Copa América, e disse em uma entrevista à TV pouco antes do Mundial que também tinha em mente esse torneio.

O presidente da entidade, Julio Grondona, não deve se opor a Maradona.

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