As quartas de final da Copa do Mundo, que terão início amanhã, confrontarão oito ex-jogadores de sucesso que hoje se destacam em frentes opostas como técnico.
De um lado da chave, tem-se alguns estrategistas representados pelos aposentados meia-atacantes Bert van Marwijk (Holanda), Joachim Löw (Alemanha) e Vicente del Bosque (Espanha). Do outro, estão dois exemplos perfeitos do modus operandi boleiro encarnados pelo ex-volante Dunga (Brasil) e do ex-apoiador Maradona (Argentina).
O ex-meia Gerardo Martino (Paraguai), o ex-zagueiro Milovan Rajevac (Gana) e o ex-lateral Oscar Tabárez (Uruguai) completam o segundo time desta lista, mas não precisa muito para explicar o quanto foram ofuscados pelos dunguismo e o maradonês.
Caso uma "escola" supere a outra com boa vantagem na África do Sul, são boas as chances de vê-la como tendência no mercado após o término do Mundial.
Dessa forma, com a vitória dos estudiosos, ganharão prestígio os treinadores forjados nos bastidores, de clubes ou seleções, como o alemão Löw, 40 anos. Antes de assumir o posto principal da seleção de seu país, ele foi assistente técnico por dois anos (2004 a 2006), período em que Jürgen Klinsmann esteve à frente da equipe.
E obteve reconhecimento antes mesmo de ser alçado ao cargo atual. Especialmente durante a Copa do Mundo na Alemanha, dizia-se que Löw era o verdadeiro treinador, com o ex-atacante entrando com o carisma de grande ídolo nacional.
Sucesso da Holanda de Bert Van Marwijk, 58 anos sobre os brasileiros, pode dar impulso aos técnicos mais pragmáticos. Sempre reconhecida como o "Brasil da Europa", pelo jogo bonito que a consagrou, a Laranja vem mostrando um futebol burocrático, "de resultados".
O mesmo pode se dizer se a Espanha passe pelo Paraguai porém, em sentido contrário. Será a consagração de um estrategista voltado para o futebol bem jogado. "Ele é um maestro. Está fazendo um trabalho fenomenal", definiu José Mourinho, técnico do Real Madrid, considerado o melhor do mundo, sobre Vicente del Bosque, 59 anos, o cérebro da empolgante Fúria.
Agora, o cenário pode ser quase oposto caso triunfem os que apostam, basicamente, na experiência vivida de chuteiras nos pés. "Comprometimento", a palavra preferida de Dunga, será a nova ordem. Desde que assumiu a seleção canarinho, o gaúcho de 46 anos só fala da importância de ter a confiança do grupo de atletas e ter todos "focados" (outra expressão-chave) em um mesmo objetivo.
Com a Argentina superando a Alemanha, também serão aceitos no comportamento à beira do gramado, abraços, beijos e comemorações espalhafatosas, como faz Maradona. El Pibe, que fará 50 anos em outubro, não esconde que, na direção dos hermanos, emprega muito mais o lado emocional, deixando o tático-técnico mais para os seus assessores.
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