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Treinos

CBF aposta em preparação mais lenta

Das favoritas, a seleção brasileira será a última a entrar em campo. Todos os candidatos ao título na África já disputaram amistosos para afinar seus conjuntos. Para o time de Dunga, o primeiro duelo preparatório para o Mundial está marcado somente para dia 2 ou 3 de junho, contra o Zimbábue. Até lá, Alemanha, Inglaterra e Espanha terão atuado por duas vezes após a apresentação de seus atletas. Itália, Argentina e França terão jogado pelo uma vez. Todos se apresentaram entre os dias 12 e 24 de maio – o Brasil chegou a Curitiba no dia 21. Tudo é explicado pelo planejamento, com exames médicos e físicos desgastantes. Assim, a seleção também é a que mais demorou para treinar com bola. Foi apenas no quinto dia em Curitiba, em um trabalho leve, de dois toques. Os principais adversários esperaram, no máximo, três dias depois da apresentação para conhecer a Jabulani.

A defesa da seleção brasileira fez alarde em Curitiba. O ataque partiu como chegou: praticamente esquecido. Os cinco dias do time no CT do Caju serviram, entre muitas outras coisas, para deixar cada vez mais clara a estratégia de Dunga: manter o rótulo de sua seleção como defensiva e tirar o tradicional foco da direção dos jogadores mais habilidosos.

Na capital paranaense isso ficou ainda mais evidente. Ou seria coincidência o monopólio de defensores nos microfones? Os zagueiros Juan e Thiago Silva, os laterais Daniel Alves, Michel Bastos e Gilberto e os volantes Gilberto Silva e Kléberson falaram de suas virtudes. Enquanto Nilmar, o único atacante a dar as caras, fez eco: "É bom ter uma defesa assim. Se não tomar gol, é no mínimo empate", concordou.

Mas os números mostram o outro lado. Sob o comando de Dunga, a média da seleção é fazer três gols para cada um sofrido. Nos 53 jogos com o ex-volante como treinador, o retrospecto é de 37 vitórias, 11 empates e 5 derrotas. O Brasil só levou 36 gols. Contudo, fez 109, ostentando um considerável saldo de 73.

O poder de fogo se concentra principalmente na efetividade Luís Fabiano. Em 24 jogos, o centroavante balançou as redes 19 vezes. Robinho contribuiu com 16 gols em 47 partidas. Mais impressionante, no entanto, é Nilmar. Ele participou de 10 jogos, vencendo os goleiros em 7 oportunidades. Contando apenas o tempo que esteve em campo, um gol a cada 80 minutos.

Portanto, quando for lembrado que o Brasil teve a melhor defesa da Copa América e das Eliminatórias, não deixe ficar esquecido que a seleção foi quem mais fez gols na Copa das Confederações e também na disputa classificatória para a Copa. Claro, se for para o bem geral da nação, não espalhe.

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