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O futuro da seleção brasileira após a eliminação na Copa do Mundo da África do Sul começará a ser escrito com jogadores diferentes daqueles que foram derrotados pela Holanda por 2 x 1 na sexta-feira, abrindo caminho para uma renovação com vistas ao Mundial de 2014 que será realizado no país.

Do time titular do técnico Dunga, que anunciou após a eliminação nas quartas de final que seu trabalho na equipe chegou ao fim após quatro anos, o mais novo é Robinho, que ainda assim já terá 30 anos quando a Copa for realizada no Brasil.

Além da renovação natural, o próximo treinador que assumir a equipe não poderá contar no primeiro amistoso da seleção depois da Copa -- 8 de agosto contra os Estados Unidos, em Nova York -- com a maioria dos atletas que estiveram na África do Sul. Por determinação da Fifa, os jogadores tem direito a no mínimo 30 dias de férias depois da participação na Copa.

"O próximo jogo terá uma renovação quase que obrigatória, já que os jogadores (que estiveram na Copa) vão estar de férias. Além disso, quem joga na Europa estará em começo de temporada, então a tendência é uma convocação principalmente de quem joga no Brasil," disse a jornalistas neste sábado o chefe de comunicação da seleção brasileira, Rodrigo Paiva, em entrevista do lado de fora do hotel onde a equipe está concentrada em Port Elizabeth.

Apesar de terem se recusado a considerar encerrado o ciclo na seleção depois da derrota para os holandeses, os jogadores mais veteranos da equipe provavelmente disputaram na África seu último Mundial.

Aos 33 anos, o volante Gilberto Silva é o mais veterano da equipe e, mesmo com uma atuação regular no Mundial, é um dos símbolos do estilo de jogo burocrático implantado por Dunga. Os zagueiros Lúcio, 32, e Juan, 31, também não devem permanecer na equipe por mais um ciclo completo de quatro anos, enquanto nomes como Luís Fabiano, Michel Bastos e Felipe Melo decepcionaram na competição e devem perder espaço para jogadores mais jovens.

Neymar de Paulo Henrique Ganso, que já tinham um grande apelo popular inclusive para este Mundial, devem ser certos no início de um novo trabalho visando a próxima Copa. Outros jogadores do time do Santos, campeão paulista com um futebol arte que contrasta com a forma de jogar do time de Dunga, também podem ter chances, como o volante Wesley e o atacante André, este já negociado com o futebol ucraniano.

Seis amistosos

Os primeiros meses da seleção sem Dunga serão movimentados. Seis amistosos serão disputados até o fim do ano, mas apenas os EUA estão confirmados como adversários. Outro possível jogo seria contra a França. Como não disputará as eliminatórias para a próxima Copa, os amistosos serão a principal forma de preparação do Brasil para o Mundial em casa.

De acordo com Rodrigo Paiva, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, ainda não foi comunicado oficialmente por Dunga da sua decisão de entregar o cargo, mas o treinador deixou claro na entrevista coletiva após o jogo com a Holanda que desde o início só ficaria por quatro anos.

O dirigente esteve com o treinador e o grupo de jogadores no vestiário do estádio Nelson Mandela Bay e afirmou aos atletas que a vida da seleção brasileira prossegue após a derrota, e que em um mês a equipe já estará em campo outra vez.

Do lado de fora do hotel em que a seleção está hospedada em Port Elizabeth, de onde sairá na tarde deste sábado rumo a Johanesburgo para então decolar ao Brasil às 21h (16h de Brasília), poucos torcedores se reuniram para tentar avistar os jogadores. No entanto, apesar de estarem liberados, os atletas não saíram de seus quartos.

Alguns fãs colocaram a culpa da eliminação em Dunga, e dirigiram xingamentos isolados ao treinador.

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