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Mural com mensagens à seleção enfeita os corredores do Colégio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder, no Bairro Altos. Alunos fizeram um igual para contagiar os atletas da equipe nacional | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Mural com mensagens à seleção enfeita os corredores do Colégio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder, no Bairro Altos. Alunos fizeram um igual para contagiar os atletas da equipe nacional| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Lápis de cor e tinta guache. Com essas simples ferramentas, 380 alunos do Colégio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder conseguiram o que tantos torcedores tentaram em vão: passar sua mensagem de incentivo aos comandados de Dunga.

São de estudantes das 5.ª e 6.ª séries do colégio do Bairro Alto, na periferia de Curitiba, os desenhos que formam os dois murais que decoram o Centro de Treinamento do Caju, onde a seleção se hospeda até amanhã. Nas mensagens, muito verde e amarelo e desejos de boa sorte aos comandados de Dunga.

A empolgação ao saber que os trabalhos chegaram aos destinatários fez com que o projeto se ampliasse: todos os 1.600 alunos da escola vão fazer novas mensagens de incentivo, que serão enviadas para a África do Sul para recepcionar os atletas brasileiros às vésperas do Mundial.

Os atletas retribuíram: autografaram os dois murais, que serão enquadrados e ficarão em exposição no grupo escolar. Ramires e Robinho agradeceram o carinho dos estudantes em uma reportagem do site oficial da CBF. Foi o que bastou para alçar o dono das pedaladas a ídolo-maior dos alunos no Bairro Alto. "Eles estavam meio divididos entre o Robinho e o Kaká. Depois do vídeo, todos torcem pelo Ro­­binho", contou a professora de Língua Portuguesa e Inglês, Edna Regina da Silva.

Ao ver as mensagens, Daniel Alves também ficou emocionado, segundo divulgou o site da CBF. "Eu escrevi uma carta para os jogadores, lá de Juazeiro, em 1994 e deu certo. Espero que a história se repita na África do Sul", falou o lateral.

Foi Edna quem desenvolveu, em parceria com os professores de Artes, a proposta da criação das mensagens. A intenção era criar um meio efetivo de comunicação com gêneros textuais e não só mais um exercício de redação. Experiência do bom resultados Edna já tinha: em 2006, ela pediu que os alunos escrevessem cartas aos jogadores brasileiros comandados por Carlos Alberto Parreira. Em troca, receberam os agradecimentos da CBF via correspondência.

"Aproveitamos esse contato anterior para estabelecer uma nova forma de diálogo com a seleção. E ficamos muito orgulhosos em saber que nossos alunos foram os primeiros a receber essa atenção", diz a diretora do colégio, Yasodara Magalhães Hayashi. "Todos gostaram tanto da ideia que nenhum dos alunos perguntou quanto o trabalho valeria no boletim", comemora Edna.

Amanda Machado, 11 anos, conta que ficou com mais vontade de torcer nos jogos da seleção. O clima se estendeu aos demais alunos. Ontem, todos queriam ajudar na decoração do colégio, toda em verde e amarelo.

"Foi emocionante ver o Robinho com o nosso mural. E vai ser muito legal ter os autógrafos de todos eles na escola. Todo mundo vai saber que fiz parte disso", fala Jhonatan Juarez, 13 anos, ansioso para ver a assinatura do ídolo, o goleiro Júlio César.

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