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O meia Elano deixa o campo frustrado por não ter conseguido suportar as dores no treinamento leve feito pela seleção brasileira, ontem, em Johannesburgo | Albari Rosa/Gazeta do Povo – enviado especial
O meia Elano deixa o campo frustrado por não ter conseguido suportar as dores no treinamento leve feito pela seleção brasileira, ontem, em Johannesburgo| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo – enviado especial
  • Daniel Alves tem explorado bem o pulmão: é quem mais corre no time

Daniel Alves pode até não ter aparecido com destaque para a torcida nos dois jogos em que foi titular da seleção brasileira (contra Portugal e Chile). Porém, para a função pedida pelo técnico Dunga ele foi fundamental.

O lateral-direito de origem, meia na maioria das vezes em que atuou na equipe nacional, é um operário no meio de campo. Bem ao estilo exigido pelo treinador, se entrega por inteiro dentro de campo.

Mesmo que, para isso, cumpra seu papel bem mais na base da transpiração do que da inspiração. Basta olhar as estatísticas levantadas pela Fifa para notar que o pulmão de Dani Alves vale muito para o restante do time.

Frente aos lusos, como uma le­­gítima formiguinha no gramado, o polivalente foi o que mais se lo­­comoveu: 11,112 km. A rotina se manteve no confronto contra o Chile, mais 11,209 km do camisa 13 por todos os cantos do campo.

Sem Alves na formação inicial, quem mais corria era Gil­­berto Silva. Agora, mais centrado nos desarmes e na marcação, como ocorreu no duelo de oitavas de final, o mineiro até melhorou seu rendimento.

Além de auxiliar na marcação, o astro do Barça tem eficiên­­cia comprovada na distribuição dos passes. Com 70% de acerto, ele foi quem menos errou no triunfo de segunda-feira. Ao la­­do de Ramires, tornou o escrete canarinho mais vertical e um pouco menos burocrático. An­­teriormente, o que se via era um exagero de toques para o lado, sem a menor objetividade.

A transformação implicou no menor índice de acerto de passes da seleção até aqui na Copa (63%). O risco vale a pena, porque o Brasil se torna bem mais ofensivo.

"O meio é uma posição que co­­nheço bem e joguei muito tempo no Sevilla. Com o futebol de qualidade que há na seleção, fica mais fácil atuar por ali", afirmou, em entrevista ao si­­te oficial da CBF.

Agora, nas quartas de final, diante da Holanda, mais uma vez o Rei das estatísticas da seleção deve ser titular. Elano, a quem ele substituiu nos últimos dois compromissos, não se recuperou de lesão no tornozelo direito e deve ficar de fora (leia mais na página ao lado).

Com o novo eleito para iniciar as partidas, a equipe da camisa amarela atua bem mais pela di­­reita. Mesmo que Elano tenha feito dois gols nos dois jogos iniciais, a bola passava menos pelo setor direito do campo. E quando chegava, não ia com constância para perto da área adversária.

Missões que o carregador de pia­­no de Dunga está exercendo com toda a eficiência na África do Sul.

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