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Jorginho, apesar de escoltado, atendeu aos jornalistas na chegada ao Brasil | Bruno Domingos / Reuters
Jorginho, apesar de escoltado, atendeu aos jornalistas na chegada ao Brasil| Foto: Bruno Domingos / Reuters

A desorganização marcou o desembarque de alguns membros da seleção brasileira no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. O voo que trouxe a equipe da África do Sul pousou às 2h05m (de Brasília).

O momento de maior confusão se deu na saída do auxiliar do técnico Dunga, Jorginho. Cercado por jornalistas e torcedores, ele teve dificuldades para deixar o local com os filhos e discutiu com um repórter que reclamava do tumulto. Pouco depois, com mais calma, atendeu os jornalistas no estacionamento.

Jorginho ouviu aplausos e vaias na chegada, mas considerou a recepção calorosa. Segundo ele, jogadores e integrantes da comissão técnica estão convictos de que o melhor foi feito na Copa do Mundo, apesar da eliminação precoce do Brasil nas quartas de final com a derrota para a Holanda.

"Não estamos arrependidos de nada. Nós fizemos aquilo que deveríamos ter feito para a seleção, a liderança que o Dunga trouxe, o comprometimento que ele conseguiu implantar na seleção brasileira, nos jogadores. Mas o futebol não é uma matemática exata. São muitos fatores que podem levar você à derrota. Nós formamos um grupo maravilhoso. Acho que os jogadores mereciam uma melhor posição. Tivemos um primeiro tempo maravilhoso, primoroso. Acho que poderíamos ter decidido o jogo ali. Não conseguimos manter no segundo tempo, e numa bola que ninguém esperava aconteceu o primeiro gol deles", disse.

Ainda na África do Sul, Dunga deu a entender que vai deixar a seleção brasileira. No entanto, a saída não foi comunicada oficialmente pelo treinador ou pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

"É preciso ter calma, cabeça fria, descansar bastante. O presidente não vai voltar agora. Ele só vai voltar depois do dia 8 julho por conta de um evento na África do Sul sobre a Copa de 2014 (lançamento da logomarca do Mundial do Brasil). É ter calma e tranquilidade para decidir", afirmou.

Jorginho procurou ressaltar o trabalho feito pela comissão técnica ao longo dos últimos três anos e dez meses. Ciente das críticas, ele pede bom senso.

"Sempre que você não consegue sucesso o trabalho é questionado. Não podemos questionar por conta de um jogo. Fomos bem em pelo menos uma parte. Nós conquistamos a Copa América, a Copa das Confederações, ficamos em primeiro lugar nas eliminatórias. Em mais de 60 jogos nós perdemos apenas seis. Não foi um mau trabalho. Lógico que no Brasil queremos o melhor sempre e o primeiro lugar. Esperamos que haja bom senso nas cobranças. Não podemos dizer que foi um trabalho ruim. Infelizmente não conseguimos o objetivo principal", comentou.

Parte da delegação seguiu para São Paulo, casos de Dunga, Kaká, Robinho e Luis Fabiano.

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