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O médico da seleção, José Luiz Runco durante entrevista no CT do Atlético | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
O médico da seleção, José Luiz Runco durante entrevista no CT do Atlético| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

O corpo fala

O fim da temporada europeia deve trazer para a Copa da África do Sul jogadores com diversos problemas médicos.

Lesões musculares – Os músculos adutor e posterior da coxa são os mais sujeitos a contraturas ou estiramentos após meses de desgaste físico. O meia Kaká, principal aposta da seleção brasileira na Copa, ficou fora de vários jogos do Real Madrid neste ano por causa de uma lesão no adutor da coxa esquerda.

Pubalgia – O problema que atrapalhou Kaká (foto) em 2009 é um dos mais comuns em fim de temporada. Causada pelo esforço intenso, a contusão acomete mais laterais (por causa da repetição de cruzamentos) e meias, como o camisa 10 da seleção brasileira (devido aos movimentos de rotação do corpo). É causada pelo desequilíbrio da musculatura adutora e abdominal.

Tendinite patelar do joelho – Ocasionada pela sobrecarga de atividades durante a temporada e desequilíbrio muscular da região.

Outras lesões – Com a musculatura cansada, os jogadores ficam mais sujeitos a diversos problemas, como entorses e lesões de menisco.

Kaká está perfeito de saúde para a disputa da Copa do Mun­­do. Quem garante é o médico da seleção brasileira, José Luiz Runco, presente na noite de ontem na abertura do 1.º Congresso Internacio­­nal de Medicina do Futebol, no Centro de Treinamentos do Atlético.

"O Kaká teve um quadro de dor na região do púbis no ano passado. Não foi algo que o incomodou neste ano, quando teve um problema no músculo adutor da coxa esquerda", disse o médico. "Ele fez o tratamento, que levou em torno de quatro semanas e meia. Retornou, está jogando normalmente e nos posiciona que está tudo bem. Na seleção não deve ter problema", acrescentou.

De acordo com Runco, a principal estrela do time brasileiro manteve contato constante durante a recuperação. "Ele sempre nos posicionou de forma serena, afirmando que está voltando, que está bem. Por isso a nossa tranquilidade."

Às vésperas do começo da preparação brasileira para o Mundial, o médico contestou a teoria de que a preparação para a Copa da Alemanha não foi boa. Segundo ele, não haverá mudanças para o torneio na África. "Não houve erro de preparação de 2006. A metodologia que foi usada na Alemanha é a mesma que foi usada em 2002 e a que será usada em 2010. A diferença é que em uma nós fomos campeões e em outra não", justificou.

"Vamos repetir exatamente a mesma metodologia que fazemos há 12 anos na seleção brasileira. O trabalho todo será avaliado, os atletas que não tiverem condições médicas serão cortados e os seguintes encaminhados para os treinos físicos", descreveu.

Por fim, o médico mostrou preocupação com o fato de os atletas virem do fim da temporada na Europa. "É um problema que nós temos, mas que não é só nosso", afirmou, explicando o procedimento para superar o obstáculo. "Dar uma dosagem de treinamento, da maneira que eles possam participar, mas sem desgastá-los mais. E prepará-los para jogar sete partidas em praticamente um mês sem que sofram lesão. É este mix que procuramos fazer desde 1998."

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