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Samba

Ontem foi dia de músicos amadores e profissionais irem ao CT do Caju tentar mostrar suas composições para a seleção. O primeiro a chegar foi o comerciante Djalma Soares, 45 anos, o Djalma Negrão. O músico amador compôs um samba para Robinho, intitulado "Robinho Moleque Malandro" – para ouvir a composição, basta digitar o nome da música no site Youtube.

Marqueteiro

"Meu objetivo é mostrar a música para o Robinho e, quem sabe, ele leve para o grupo de samba que ele patriocina gravar", confia Djalma diz já ter procurado o Marketing do Santos para mostrar a composição. "Eles gostaram", garante o comerciante, também autor do "Rap do Ronaldo, o Fenômeno."

Apelo

Já o músico Davi Pacheco, 33 anos, tentava entregar ao staff da CBF um CD de sua banda Sky 7 Fly, com o puk rock "Isso é futebol." O objetivo era que o CD chegasse à mão de algum jogador. "Faz quatro anos que tento entregar o CD para alguém da seleção. Acho que agora vou conseguir", acredita o torcedor, que estará hoje de volta no CT do Caju.

Furando a blindagem

Para alguns torcedores, a blindagem da seleção não tem sido tão eficiente. Moças contratadas por um dos patrocinadores da CBF entraram sexta e sábado no CT do Caju para limpar as cadeiras da sala de imprensa e tiveram a oportunidade de ver alguns jogadores, entre eles Kaká e Robinho. "Até tiramos fotos na cadeira que eles dão entrevistas", diz uma delas. Já um grupo de adolescentes chegou ainda mais perto dos convocados. Como o CT não está fechado para competições de futebol infantil, domingo os jogadores mirins do Paraná e do Ferroviário também puderam chegar bem perto dos jogadores após a partida.

Garagem da imprensa

De todos os vizinhos do CT do Caju, os dias estão sendo mais movimentados para a família da dona de casa Adriana da Silva Pereira, 23 anos. Os patrocinadores da seleção alugaram por R$ 500 a garagem da casa dela para servir lanches aos jornalistas. "Está diferente ver tanta gente da televisão. Nunca acreditei que teria esse movimento todo na minha casa", diz a moça. Além dela, outras seis pessoas, entre amigos e parentes, estão trabalhando no estande improvisado. Cada um receberá R$ 280 pelos cinco dias de trabalho.

Sanduíche de soja

E pelo volume, a fome dos jornalistas que estão cobrindo a seleção em Curitiba anda grande no CT do Caju. Estão sendo distribuídos entre 300 e 400 sanduíches por dia para a imprensa. Fora as bebidas. Mesmo assim, afirma Adriana, ainda tem muita gente que reclama. "Têm uns que vêm aqui e ficam brabos porque não temos sanduíche de carne de soja. Além de não pagarem nada, ainda reclamam", entrega Adriana.

Bairro-cidade

A dona de casa Sueli Santana dos Santos, 50 anos, fica ad­­mi­­rada cada vez que vê os carros da televisão estacionados na Rua Lupionópolis, onde está o portão de acesso da imprensa ao CT do Caju. Moradora da rua há 23 anos, ela diz que não ima­­ginava que o bairro teria tanto mo­­vimento um dia. "Quando che­­guei aqui era só mato, com poucas casas. Eu me perguntava: será que um dia isso vai se de­­senvolver. Olha agora: o bairro é quase uma cidade. E muito por causa do Atlético", diz a mo­­radora, rubro-negra doente.

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