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Uma pergunta não saía da boca das centenas de jornalistas que compareceram ao treino aberto dos árbitros da Copa do Mundo nesta terça-feira (29), em Pretória: onde estão Jorge Larrionda e Roberto Rosetti? Procura daqui, consulta dali... E nada. Os dois juízes que falharam feio nas oitavas de final resolveram não comparecer ao evento e ficaram no hotel. Os demais que apareceram adotaram o mesmo discurso: proibidos de tocar no assunto pela Fifa, eles fugiram da polêmica sobre o uso de tecnologia nas partidas de futebol.

"Tivemos uma reunião com os responsáveis pela arbitragem e nos orientaram para não falarmos de dois assuntos: questões técnicas e tecnológicas. Assim, não posso falar disso. Peço que me desculpem," disse o brasileiro Carlos Simon.

Na partida entre Argentina e México, no Soccer City, o italiano Rosetti validou um gol de Tevez em impedimento. A confusão aumentou no gramado porque o lance foi repetido no telão do estádio. Já na vitória da Alemanha sobre a Inglaterra, o uruguaio Larrionda não viu que a bola de Lampard entrou. Os auxiliares dos árbitros também não compareceram ao treino.

De acordo com o assessor de imprensa da Fifa, Larrionda e Rosetti eram esperados na escola em Pretória, mas ficaram no hotel. O uruguaio estaria irritado por ter recebido várias ligações de jornalistas em seu quarto e resolveu não ir ao treinamento.

Chefe de arbitragem da Fifa, José María García-Aranda chegou a irritar repórteres europeus durante sua coletiva de imprensa após as atividades. Perguntado se era a favor ou contra do uso de tecnologia, Aranda afirmou várias vezes que a decisão é da Fifa e da International Board, órgãos responsáveis pelas regras do jogo. Um jornalista chegou a ironizar:

"Não estamos na Coreia do Norte, o senhor deve ter uma opinião."

"A minha opinião é esta. Caso você não goste, problema seu," respondeu o espanhol.

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