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Gerardo Martino, técnico do Paraguai, em conversa com o meia Santana: guaranis reconhecem superioridade espanhola, mas não temem o adversário | Juan Mabrota/ AFP
Gerardo Martino, técnico do Paraguai, em conversa com o meia Santana: guaranis reconhecem superioridade espanhola, mas não temem o adversário| Foto: Juan Mabrota/ AFP

Del Bosque mantém Torres

Agências

Ontem o técnico da Espanha, Vicente del Bosque, confirmou a permanência de Torres como companheiro de David Villa no ataque da Fúria. O atacante do Liverpool, da Inglaterra, chegou à África do Sul ainda se recuperando de uma lesão no joelho direito. Mesmo assim, tem sido criticado pelo baixo rendimento em campo pela imprensa de seu país.

Depois de mais uma atuação apagada do atacante nas oitavas de final, Del Bosque saiu em defesa do jogador, ontem. "Confiamos plenamente nele e também sabemos que o Fernando Llorente ainda vai nos dar muitas coisas", disse, lembrando do reserva imediato do atacante. Ele substituiu Torres com uma boa atuação contra os lusitanos, dando mais movimentação ao ataque.

A língua não será o único ponto em comum no confronto de sá­­bado, em Johannesburgo, entre Espanha e Paraguai, pelas quartas de final da Copa. As duas seleções também concordam que o favoritismo para passar à semifinal do Mundial está do lado espanhol.

Após uma primeira fase preocupante, em que foi derrotada pe­­la Suíça na estreia, a Fúria co­­meçou a mostrar sua força a partir da terceira partida do grupo H, com a vitória por 2 a 1 sobre o Chile. Terça-feira, contra Por­­tu­­gal, pelas oitavas de final, a equipe do técnico Vicente del Bosque voltou a mostrar sua força, vencendo por 1 a 0. A apresentação contra os lusitanos agradou, inclusive, o treinador antecessor, Luis Aragonéz, que comandou a equipe na conquista da Eurocopa 2008 e vinha criticando a Fúria pelo futebol fraco.

"Até que enfim vimos a Es­­panha de antes. No segundo tem­­po [contra Portugal], tivemos toque de bola e profundidade", disse Aragonéz.

As palavras de Aragonéz e a apresentação da Espanha por si só também inflaram o discurso dos jogadores para o jogo das quartas de final. Eleito pela Fifa o melhor em campo na vitória sobre Portugal, o volante Xavi não faz questão de esconder que acredita no favoritismo da Espanha. Contra o Paraguai, o jogador do Barcelona afirma que a posse de bola espanhola fará a diferença. "O Paraguai é um time perigoso, mas somos os favoritos. E temos de demonstrar o fa­­voritismo em campo e priorizar o toque de bola, até que os espaços apareçam", diz o volante.

Mas o mesmo favoritismo que embala a seleção europeia pode ser a principal arma da equipe sul-americana. Ao ponto de o Paraguai admitir sim superioridade espanhola, mas sem medo.

Pela primeira vez entre os oito primeiros colocados no quinto Mundial que disputa, o técnico da seleção guarani, o argentino Gerardo Martino, já considera o objetivo da equi­­pe conquistado. Daqui para frente, o treinador sabe que enfrentará rivais muito mais poderosos do que os da primeira fase e o Japão, adversário das oitavas. Por isso o favoritismo espanhol causa efeito positivo no Paraguai.

"Nas quatro partidas em que jogamos, em três éramos os protagonistas [exceção à estreia com a Itália]. Tínhamos de atuar de uma forma que não é nossa característica, dei­­xando os contra-ataques para nossos adversários", disse Martino, que espera ter mais espaços para usar a velocidade dos atacantes contra a Espanha.

O treinador não esconde que atuará nos erros dos espanhóis. "A Espanha sempre bus­­ca o ataque. Com isso, deixa buracos, que deverão ser ocupados por nós", avalia. Mas o comandante paraguaio já alertou a equipe para não cometer os mesmos erros de finalização da partida contra o Japão. "Qualquer falha será fatal", diz.

Martino estuda a possibilidade de colocar desde o começo do jogo o atacante Cardozo, que converteu o último pê­­nalti nas oitavas. O atleta está recuperado de uma lesão no tornozelo esquerdo.

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