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O técnico Joachim Löw e o meia Schweinsteiger durante o treino de reconhecimento do Mineirão | Albari Rosa
O técnico Joachim Löw e o meia Schweinsteiger durante o treino de reconhecimento do Mineirão| Foto: Albari Rosa

Brasil e Alemanha decidem hoje, às 17 horas, no Mi­­nei­­rão, o primeiro finalista da Copa. O time de Felipão está a apenas dois passos de conquistar o sonhado título em casa. Os alemães conhecem muito bem esta sensação e querem evitar o desfecho feliz. Em 2006, os germânicos eram os anfitriões do Mundial e a equipe acabou eliminada diante da torcida justamente na fase semifinal. Vítimas há oito anos, os alemães agora querem ser carrascos.

A média de idade do time titular brasileiro para o jogo em Belo Horizonte – considerando a entrada de Willian no lugar de Neymar – é de 28 anos, superior aos 27,2 anos da equipe europeia. O número, porém, é enganoso. A experiência dos jogadores da Alemanha em Copas é muito maior.

Dos 11 atletas germânicos que iniciaram as quartas de final, contra a França, nove estiveram no Mundial de 2010. As únicas exceções foram o zagueiro Hummels e o lateral-esquerdo Höwedes. No time brasileiro, o panorama é inverso. Somente três jogadores titulares do último jogo estiveram na disputa na África do Sul: o goleiro Júlio César, o zagueiro Thiago Silva – que não joga a semifinal – e o lateral-direito Maicon. O atacante Fred foi reserva na Copa da Alemanha, quatro anos antes. Dezessete dos 23 convocados estão na competição pela primeira vez e encaram a pressão de não decepcionar a torcida local.

Esta mesma responsabilidade a Alemanha encarou quando sediou a Copa. O cenário era parecido com o atual. Dona da casa, a seleção enfrentou na semifinal uma equipe mais rodada. A Itália de Cannavaro, Gattuso, Totti e Del Piero fez a experiência prevalecer. A Azzurra venceu por 2 a 0 na prorrogação e rumou para a final, onde conquistaria o título.

O sucesso italiano agora serve de inspiração. O objetivo é ignorar o público desfavorável e impor o perfil do time mais calejado em campo. A Alemanha ainda tentará usar a seu favor o "fator Neymar". O craque brasileiro, que participou de todos os 27 jogos da equipe sob o comando de Scolari, foi cortado do Mundial com uma fratura em uma das vértebras. Sem a principal referência em campo, o time verde-amarelo vai precisar adotar uma nova filosofia de jogo.

"A experiência pode nos ajudar. Estivemos em muitas semifinais e finais nos últimos anos, mas todo jogo é único, tem uma dinâmica própria. Será um grande desafio jogar com o país sede e temos de fazer prevalecer o nosso jeito de jogar", analisa Joachim Löw, atual comandante alemão e que era auxiliar do técnico Jürgen Klinsmann na Copa de 2006.

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