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Jérôme Valcke é seguido por uma multidão em visita à Arena da Baixada | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Jérôme Valcke é seguido por uma multidão em visita à Arena da Baixada| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

Acostumada a cobranças duras, públicas e constantes, a organização da Copa do Mundo em Curitiba ganhou uma trégua no último instante. Na visita derradeira do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, o ainda inacabado palco do Mundial recebeu, enfim, um reconhecimento positivo.

"Foi até um alívio, porque já levamos tanta porrada. Achamos que ele iria cobrar novamente, porque ainda tem coisas a se fazer, mas ele gostou e elogiou bastante", confessou o secretário municipal de Copa, Reginaldo Cordeiro. "Em todas as outras [visitas], ele reclamou bastante. E até com razão. Valeu o voto de confiança que nos deram", acrescentou, referindo-se ao momento mais tenso na conturbada relação Arena e Fifa. Com o cronograma atrasado e o impasse sobre à engenharia financeira para bancar a obra no estádio, a cidade chegou a ser ameaçada de exclusão do Mundial.

A preocupação local também havia aumentado após a insatisfação de Valcke na visita de segunda-feira à Arena Corinthians – um dos três estádios privados do Mundial, ao lado da Baixada e do Beira-Rio. Na capital paulista, o emissário da Fifa determinou um novo evento-teste para o palco do jogo de abertura, dia 12/6. Será no dia 1.º/6, em duelo entre Corinthians e Botafogo, pelo Brasileiro.

A necessidade de outra avaliação em Curitiba já havia sido descartada por Valcke antes mesmo da visita de ontem. E, após a inspeção ao reduto rubro-negro, mandou um elogio via Twitter. "Parabéns, Curitiba. Grande progresso no trabalho de entrega do estádio que é uma arena de qualidade não só para a #Copa2014 mas para os fãs".

Logo na chegada, o secretário-geral observou a adequação da Praça Afonso Botelho, que receberá parte das estruturas temporárias durante o evento esportivo. "Depois, visitou as tendas para imprensa, a área VIP, o setor de imprensa, estacionamento, entrada das delegações, vestiários, subiu para o gramado. Perguntou sobre iluminação, placas e outros questionamentos", explicou o coordenador-geral de Copa do Estado, Mario Celso Cunha.

Além dessas dúvidas, Val­­­­cke tinha três preocupações. Quando será o repasse da Fomento Paraná de uma parcela restante no valor de R$ 6,4 milhões? Recebeu a resposta de que a transferência deve ser feita ainda essa semana. Perguntou sobre o laudo oficial dos Bombeiros, que segundo Reginaldo Cordeiro está sendo finalizado. Por último, questionou a situação de tecnologia de informação e telefonia, instalações atrasadas pela demora na conclusão do estádio. Recebeu a promessa de celeridade, mas deixou a Arena sabendo que não serão realizados os testes necessários para os equipamentos de transmissão de 3G e 4G.

Após a vistoria de ontem, a Fifa assume hoje a administração da Baixada. Mas o trabalho continua. O estádio precisa de vários ajustes como pinturas, limpeza e retirada de entulhos e instalação de cerca de 500 assentos, cujo prazo vai até o dia 1.º de junho, mesma data para ajustes das instalações provisórias. Um dia antes, a prefeitura tem de concluir o entorno.

Coritiba se adapta à fase de ‘sem-teto’

Robson Martins

Três estádios paranaenses serão entregues hoje para a Fifa. Além da Arena, que volta para as mãos do Atlético no dia 4/7, também passam aos cuidados da promotora do Mundial o Couto Pereira e o Janguito Malucelli. Os dois últimos serão administrados pela entidade até a véspera de Argélia x Rússia (26/6), última partida da Copa na cidade. Até essa data o Coritiba terá de se virar sem seu lar. O J. Malucelli, sem calendário, não sofrerá com a cessão do Ecoestádio.

Sem a sede, o Alviverde fe­­­­­­chará a central de sócios, a loja oficial e o Memorial. Os poucos setores administrativos que continuarem trabalhando no estádio terão sua entrada controlada pela Fifa. "Os jogadores da equipe principal serão liberados para férias de duas semanas e o grupo B fará amistosos em Foz. Não teremos problemas", garante o presidente do clube, Vilson Ribeiro de Andrade.

A única ação que não sofrerá alteração no Couto é a obra da Reta da Mauá, que só será interrompida quando uma seleção estiver treinando no local. Hon­­duras, Aus­­trália e Nigéria usarão o Alto da Glória quando estiverem na cidade. O Ecoestádio vai abrigar ativi­dades de Rússia, Equador, Irã e Argélia.

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