Segurança
Fifa condena atos de violência, mas confia em Copa pacífica
Agência Estado
A Fifa condenou a violência nas manifestações no último fim de semana e afirmou que está "confiante" de que o plano de segurança que o governo brasileiro desenvolveu vai funcionar durante a Copa do Mundo, na qual acredita que os torcedores estarão protegidos. Em um pronunciamento oficial ontem, a entidade máxima do futebol comentou os protestos do último sábado, ocorridos no Brasil, e que levou a presidente Dilma Rousseff a convocar uma reunião de emergência. "A Fifa respeita totalmente o direito de as pessoas protestarem de forma pacífica, sempre que os direitos dos demais também sejam respeitados", disse a entidade. "Mas condenamos qualquer forma de violência", alertou, para em seguida enfatizar: "Estamos confiantes de que o conceito de segurança adotado pelas autoridades brasileiras vai garantir a segurança de torcedores, delegações e imprensa".
De acordo com a Fifa, esse modelo "funcionou bem" durante a Copa das Confederações de 2013 e está baseado em uma estratégia que já foi usada e testada em outros Mundiais. Se publicamente a Fifa se diz confiante, membros da entidade responsáveis pela segurança confessaram, já na semana passada, que consideram as manifestações no Brasil como "uma séria ameaça" para a Copa.
A obra da Arena da Baixada tem fôlego financeiro para andar normalmente até o fim de fevereiro. Esta é a primeira constatação do comitê formado para gerenciar a fase final da reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014. A criação do grupo foi um dos pontos do plano emergencial anunciado há uma semana para convencer a Fifa de que Curitiba tem condições de receber jogos do Mundial. O prazo para que a entidade defina se a capital do Paraná segue entre as 12 subsedes é 18 de fevereiro.
O lastro financeiro é, em grande parte, assegurado pelos R$ 39 milhões depositados quinta-feira passada para o Atlético, referente ao terceiro empréstimo tomado na Fomento Paraná. A conta é fechada pelos R$ 6,5 milhões que o clube espera receber nos próximos dias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), referente ao crédito de R$ 131,1 milhões do programa ProCopa Arenas.
"Esse dinheiro já permite pagar o que estava atrasado, tranquilizar os empreiteiros e recuperar o crédito com eles. Ainda estamos levantando detalhadamente a situação do canteiro de obras para definir onde devem ser as prioridades de investimento e aumento de operários", diz o secretário municipal de Copa, Reginaldo Cordeiro. Até ontem, não houve incremento na mão de obra no canteiro, uma das diretrizes do plano. Estes detalhes devem constar de um relatório a ser entregue amanhã ao prefeito Gustavo Fruet e ao governador Beto Richa.
A comissão formada por técnicos da prefeitura, do governo do estado e do Atlético tem visitado o canteiro desde sexta-feira para fazer este mapeamento. O desafio é até 18 de fevereiro ter em ordem gramado, 10 mil assentos, cobertura, iluminação, vestiários e duas lajes do setor Brasílio Itiberê que permanecem abertas para a retirada de guindastes.
A aplicação do gramado deve terminar entre hoje e amanhã. Assentos e vestiário são intervenções que podem funcionar independentemente das demais. Também não preocupam. O problema em potencial está nos três outros itens.
"A estrutura metálica e a cobertura de policarbonato devem estar concluídas até dia 5. A partir daí, retira-se os guindastes e são 15 dias para concretar as duas lajes. É em cima do prazo da Fifa", calcula Cordeiro. A iluminação seria colocada paralelamente à concretagem, porém em um prazo menor.
O desafio seguinte seria captar o dinheiro necessário para concluir a obra. Pelo orçamento de R$ 319 milhões que o Atlético entregou na Fomento semana passada, ainda faltariam R$ 53,6 milhões. A própria agência estadual seria uma opção para financiar esta quantia.
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