Os dois setores de arquibancada abertos ao público na Arena da Baixada deixaram a torcida a 6 metros do campo e se tornaram a grande atração do primeiro evento-teste do Caldeirão. Na aprovação unânime à nova casa, nenhum aspecto conquistou mais os atleticanos do que o bafo mais quente na nuca do adversário.
"Vai ficar um inferno ainda maior para o adversário", disse a atendente de call center Júlia Morgado, impressionada com a possibilidade de ficar colada ao banco de reservas e com o teto, que ainda neste ano ganhará cobertura retrátil.
A dificuldade para os oponentes do Atlético em lidar com a proximidade do torcedor também deixou admirado quem fez história nas versões anteriores do estádio. Zequinha, ex-técnico e treinador rubro-negro, brincou que, assim como no seu tempo de atleta, a nova Baixada permite "puxar o adversário pelo pescoço com o cabo do guarda-chuva".
Ídolo atleticano nos anos 90, o vereador Paulo Rink lembrou um ônus do "bafo na nuca". Perto do estádio, sem fosso e com uma mureta que após a Copa será reforçada por um vidro, a Arena ficou mais sujeita a invasão de campo. "Será preciso uma reeducação do torcedor para conviver com essa proximidade como na Europa. Senão as punições serão pesadas", afirmou.
Por enquanto, quem sofreu com a pequena distância foram os reservas e o técnico Miguel Ángel Portugal. Um problema listado para ser corrigido já para o próximo teste, provavelmente no fim de abril.
"Nossa maior preocupação foi com o banco de reservas. A torcida fica muito perto e alguns queriam ficar interagindo com os atletas, tirar fotos. Creio que vamos precisar rever isso, colocar alguma barreira. Fico imaginando os jogadores da Espanha ali, seria problemático", afirmou o coordenador-geral de Copa no Paraná, Mario Celso Cunha.
Entre os torcedores, o único senão foi à dificuldade para retirar as bebidas (refrigerante e água) distribuídas pelo clube. "Teve um pouco de tumulto ali na cantina, mas no resto é um estádio muito bonito, de concepção bem ajustada e ótima estrutura. A acústica ficou muito boa. Vai ser uma pressão danada. Para o adversário e para os nossos jogadores", disse o engenheiro Cezar Arida, sócio do clube.
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