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Estádios das cidades-sedes, incluindo a Arena, serão monitorados | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Estádios das cidades-sedes, incluindo a Arena, serão monitorados| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Apesar de os riscos de ataques radioativos serem pequenos, técnicos do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) vão monitorar os estádios que vão abrigar os jogos da Copa do Mundo, além de vistoriar alojamentos e hotéis em que jogadores e representantes políticos estarão hospedados. O IRD é ligado à Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

De acordo com o pesquisador do IRD Renato di Prinzio, a ocorrência de um ataque ou de um acidente radioativo não representa uma ameaça durante a Copa. Ainda assim é necessário que haja prevenção. Desde a realização dos Jogos Pan-Americanos, em 2007, no Rio, o Brasil já vem se preparando para evitar ataques em grandes eventos. No Mundial, essa atenção será redobrada.

"Não há perigo de ataque. Nós agimos de forma a preveni-los. Temos uma série de equipamentos e nosso pessoal é treinado para atender a emergências radiológicas. Isso é uma forma de garantir a segurança da sociedade", contou Di Prinzio.

Os estádios serão monitorados antes, durante e depois dos jogos e terão portais com detectores de radiação. Além disso, os funcionários vão fazer a varredura com equipamentos manuais para que ninguém consiga entrar com materiais radioativos. O mesmo ocorrerá nos alojamentos e hotéis.

Caso aconteça algum ataque, a área será isolada, a população envolvida será tratada e o material separado para que a equipe do IRD possa tomar as medidas cabíveis. A segurança radiológica durante a Copa e os Jogos Olímpicos será feita de maneira integrada com a Polícia Federal, o Corpo de Bombeiros e o Exército. "Eles passaram por cursos diários, assim como nós, e já estão capacitados para lidar com os materiais radioativos e utilizar os nossos equipamentos", disse o pesquisador.

Na avaliação dele, o Brasil já está atuando da melhor maneira possível e não é vulnerável aos ataques.

Um acidente ou ataque r pode causar profundos danos à saúde humana, como câncer e queimaduras na pele, além da contaminação do meio ambiente por anos. Di Prinzio afirma, porém, que a radiação ionizante também tem usos positivos: é muito aplicada pela medicina para tratamento e diagnóstico de câncer, pelas indústrias de soldas e perfilagem de petróleo.

"A radiação é muito utilizada e as pessoas nem sabem como. Elas pensam primeiro no risco de um acidente com a usina ou de uma bomba atômica, que não é produzida pelo Brasil. O uso controlado é extremamente positivo", assegurou Di Prinzio.

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