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Mascherano, Lavezzi e Messi (da esq. para a dir.) batem bola durante o reconhecimento do Itaquerão, onde a maioria da torcida será adversária | Peter Klaunzer/ EFE
Mascherano, Lavezzi e Messi (da esq. para a dir.) batem bola durante o reconhecimento do Itaquerão, onde a maioria da torcida será adversária| Foto: Peter Klaunzer/ EFE

Desafio

Suíça quer ficar entre as oito melhores pela quarta vez em Copas

Os melhores desempenhos da Suíça em nove participações em Copas foram três quartas de final (1934, 1938 e 1954). Uma vitória hoje sobre a Argentina recolocaria a seleção europeia, pelo menos, no mesmo patamar. Suficiente para comemoração.

"É uma grande oportunidade para o futebol suí­ço se desenvolver e uma chance de fazer história, ficando entre as oito primeiras. É um grande desafio jogar contra a Argentina, duas vezes campeã. Mas estamos prontos", afirmou o técnico Ottmar Hitzfeld, que pode fazer seu último jogo hoje – vai se aposentar depois do Mundial.

Só que fazer história é uma missão complicada. Ainda mais porque do outro lado tem um jogador sedento por um título mundial. Messi já marcou quatro gols nesta Copa e com mais dois vai atingir 400 na carreira profissional. E a Suíça já levou três gols dele em um amistoso, em 2012, quando os argentinos venceram por 3 a 1.

"Messi está fazendo um grande Mundial. Era o que esperávamos, o que ele esperava e o que todo o povo argentino esperava. Ele é determinante e estamos contentes com o rendimento dele", expressou o treinador argentino Alejandro Sabella, que deve colocar Lavezzi ao lado do camisa 10 devido à lesão de Agüero.

Pela primeira vez nesta Copa, a Argentina vai se sentir, de fato, no Brasil. Até agora, em três jogos, os hermanos só encontraram estádios com as arquibancadas nas cores alvicelestes e gritos de apoio. Parecia até que jogavam em Buenos Aires. Foi assim no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Porto Alegre contra Bósnia, Irã e Nigéria, respectivamente. Mas não será assim hoje em São Paulo, quando enfrenta a Suíça pelas oitavas de final, às 13 horas, no Itaquerão. Messi e companhia encontrarão um ambiente hostil.

INFOGRÁFICO: Veja informações sobre este duelo

A Fifa informou que, dos 65.807 ingressos disponíveis para a partida, cerca de 7,5 mil (12%) foram adquiridos por torcedores argentinos. O número, claro, pode aumentar na base do comércio paralelo. Há ‘hinchas’ pagando 1,5 mil dólares pelo tíquete para assistir à partida.

Uma realidade bem diferente da primeira fase. Na estreia contra a Bósnia, no Maracanã, cerca de 30 mil dos 74.738 eram argentinos. No Mineirão e em Porto Alegre, praticamente metade do estádio era de torcedores vestindo alviceleste.

Essa redução radical vai espremer os hermanos no Itaquerão. O vermelho da Suíça vai se misturar ao verde e amarelo num grito só: que a Argentina volte para casa desclassificada. É o que espera o técnico da seleção europeia, Ottmar Hitzfeld. "Acredito que os torcedores do Brasil vão apoiar a Suíça. A rivalidade é muito grande com a Argentina", disse.

Segurança

Um cenário que deixa em alerta as forças de segurança. Dentro dos estádios, o convívio entre brasileiros e argentinos não tem sido muito amigável. As provocações têm sido recorrentes e por isso todo cuidado é prudente, afinal a tensão da partida pode desencadear reações desmedidas.

"Até agora nós tivemos muita torcida em Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro, mas as coisas podem mudar. O mais importante é que exista um bom comportamento do público e que tudo seja em paz", pediu o técnico argentino, Alejandro Sabella.

A preocupação maior, porém, não é com o público dentro do Itaquerão. De acordo com o consulado do país vizinho, são esperados cerca de 60 mil argentinos hoje em São Paulo. A maioria, claro, sem ingresso. Por isso, o bloqueio ao redor do estádio será aumentado e ninguém chegará a menos de três quilômetros sem bilhete em mãos.

A segurança também será reforçada em locais públicos onde são esperadas multidões de argentinos. Nas três cidades por onde a Argentina passou houve registros de confrontos, o mais significativo em Belo Horizonte.

A tentativa da prefeitura de São Paulo é levar a massa de sem-ingressos para o mais longe possível da concentração de brasileiros, como na Fan Fest, no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade. Tanto que ‘cedeu’ o Sambódromo e o circuito de Interlagos para que os argentinos montem uma espécie de quartel-general. Desde domingo, trailers e carros têm se instalado nas duas regiões. De brinde, telões para acompanhar a partida de hoje. Longe do estádio e, se possível, da confusão.

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