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Serviços de alimentação, como bares e restaurantes, vão criar um terço dos empregos temporários previstos na Copa | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Serviços de alimentação, como bares e restaurantes, vão criar um terço dos empregos temporários previstos na Copa| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

R$ 9,7 bilhões foi quanto a Copa das Confederações acrescentou ao Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) de 2014, segundo estudo da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe) divulgado ontem pelo Ministério do Turismo. Deste montante, 58% ficaram nas seis cidades-sede da competição, realizada em junho passado. Cerca de R$ 20,7 bilhões foram movimentados durante o torneio, sendo R$ 11 bilhões referentes a gastos de turistas, do comitê organizador e de investimentos públicos e privados. A expectativa do ministério é que a Copa do Mundo movimente o triplo desse valor.

Se a previsão de fluxo de turistas domésticos e estrangeiros não frustrar as expectativas do governo, o setor de turismo irá empregar 47,9 mil trabalhadores temporários durante a Copa do Mundo. A estimativa foi traçada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a partir da projeção da Embratur para o total de turistas no período do Mundial da Fifa, que deverá gerar uma movimentação de 3,6 milhões de pessoas entre junho e julho.

Segundo o economista Fábio Bentes, da CNC, o turismo é "um setor intensivo em mão de obra" e serão necessárias essas vagas temporárias para atender aos visitantes. Os ramos que vão gerar mais empregos, diz, serão alimentação fora do domicílio, transporte de passageiros e hospedagem.

O período de maior criação de vagas começa agora em abril e vai até junho. Nesses três meses, em 2013, foram abertos 29,5 mil postos de trabalho. Se confirmada a projeção, haverá uma expansão de 62% no mesmo trimestre deste ano, que será turbinado pela Copa.

Os dados consideram apenas empregos formais, contabilizados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). "É como se neste ano tivéssemos um verão, que é a estação de maior movimento no turismo, prolongado ou fora de época por causa da competição", disse Bentes.

Dentre os estados que contam com cidades que vão abrigar os jogos, São Paulo deve concentrar a maior fatia dos empregados gerados: 30,5%, o que corresponde a 14,6 mil postos de trabalho. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (21,5%), Bahia (6,4%), Pernambuco (6%) e Paraná (4%).

Salários

Com base no histórico do emprego formal no turismo, a CNC prevê que 33,5% dos empregos serão criados pelo segmento de serviços de alimentação, como bares e restaurantes (o principal do turismo). Trata-se, porém, de um dos setores com os mais baixos salários médios estimados: R$ 935.

Em seguida, devem vir os serviços de transporte de passageiros, com previsão de abertura de 14 mil empregos (29,2% do total) e um salário de R$ 1.449, em média. Já a atividade de hotéis, pousadas e similares deverão ofertar 12,3 mil vagas (25,7%), com remuneração média estimada de R$ 900. Juntos, esses três segmentos deverão responder por 88,4% do total de vagas a serem geradas.

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