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Entorno da Arena entra na conta dos extras que terão de ser bancados por Curitiba para a Copa do Mundo de 2014 | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Entorno da Arena entra na conta dos extras que terão de ser bancados por Curitiba para a Copa do Mundo de 2014| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Além da participação na reforma da Arena e das obras de mobilidade do PAC da Copa, Curitiba terá uma conta extra de cerca de R$ 71,6 milhões para a realização do Mundial de 2014. São gastos com estruturas temporárias, o entorno do estádio e a Fan Fest, que, salvo o fechamento de alguma parceria com a iniciativa privada, sairão integralmente dos cofres do município. Pelo menos 62% do investimento serão em intervenções unicamente para o período em que o torneio será realizado, sem deixar um legado para a cidade.

O detalhamento dos custos está nas mãos da secretaria municipal de Copa. O pacote será fechado nos próximos dias, para quando se espera uma definição do local da Fan Fest, evento da Fifa em espaço público para a exibição das partidas do Mundial. O plano A da cidade era o Parque Barigui, descartado por apresentar risco de alagamento. No início do processo, foram cogitados o Jardim Botânico e a Pedreira Paulo Leminski como alternativas. Um local foi descartado e o outro tornou-se plano B, mantido sob sigilo. "Depende de algumas liberações para podermos anunciar o local. Se não der certo, volta para o Barigui", disse o secretário de Copa, Reginaldo Cordeiro.

O custo estimado com a Fan Fest é de R$ 10 milhões. A prefeitura espera fechar parcerias e patrocínios para repassar ao menos parte da conta para a iniciativa privada. É o mesmo plano para os R$ 35 milhões previstos em estruturas temporárias para a Praça Afonso Botelho, em frente da Arena da Baixada. Uma lista que abrange tendas de patrocinadores e para recepção de convidados, detectores de metais e área para inspeção de segurança dos veículos credenciados, entre outras benfeitorias.

Somados, Fan Fest e estruturas temporárias consumirão pelo menos R$ 45 milhões. Representam quase dois terços do custo, em intervenções que terminam logo após a Copa, sem restar nenhum benefício para a cidade.

Dos outros R$ 26,6 milhões previstos, 95,4% sairão dos cofres do município. A exceção está no investimento em infraestrutura de turismo, que será dividido com o governo federal: R$ 1,2 milhão do Ministério do Turismo e R$ 1 milhão da prefeitura.

"O TV Compound [estrutura para transmissão dos jogos pela televisão] custará R$ 6 milhões em desapropriação e R$ 2,2 milhões para a montagem da estrutura. Mas é um lugar que, depois da Copa, será transformado em unidade de atendimento da Secretaria da Saúde", explicou Cordeiro, referindo-se ao terreno localizado entre as ruas Coronel Dulcídio e Madre Maria dos Anjos.

Os outros custos referem-se a melhorias e manutenção nas vias de acesso e próximas ao estádio. Em todas, segundo a prefeitura, haverá um legado para o município.

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