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Lukaku (à esq.) comemora com De Bruyne a classificação da Bélgica para as quartas | Reuters
Lukaku (à esq.) comemora com De Bruyne a classificação da Bélgica para as quartas| Foto: Reuters

Muralha

Goleiro bate recorde, mas chora após eliminação dos EUA

O norte-americano Tim Howard sofreu um verdadeiro bombardeio durante o duelo contra a Bélgica. Segundo dados da Fifa, o goleiro realizou 16 defesas ao longo da partida, um recorde em Mundiais. Até então, o arqueiro com mais intervenções acumuladas em um jogo era o peruano Quiroga: 13 no empate sem gols diante da Holanda, em 1978.

A excelente atuação do jogador, no entanto, não impediu a derrota e a eliminação dos Estados Unidos. "Foi um jogo incrível, mas infelizmente não acabou como queríamos. Dói muito sair da Copa desta forma", lamentou Howard, de 35 anos, que participou de seu terceiro Mundial. "Ele foi fenomenal, merece todos os elogios. Por causa dele, continuamos vivos no jogo", elogiou o técnico Jürgen Klinsmann.

O treinador disse que ficou satisfeito com a equipe e que o foco agora estará em 2016, ano da Olimpíada do Rio de Janeiro e da edição de centenário da Copa América, que vai ocorrer nos Estados Unidos. "Experimentamos um outro nível de competição aqui no Brasil, o mais alto possível. Todos aprenderam muito e vamos seguir crescendo", avaliou.

Considerado um dos times mais promissores da Copa, a Bélgica garantiu a última vaga nas quartas de final da competição. Os europeus precisaram de 120 minutos para confirmar as expectativas e eliminar os Estados Unidos, ontem, na Fonte Nova, em Salvador. Após empate sem gols no tempo normal, a vitória por 2 a 1 foi construída na prorrogação.

Os belgas terão agora a Argentina pela frente, no próximo sábado, às 13 horas, em Brasília. Será a hora de a nova safra do país, tão elogiada e chamada de ‘geração de ouro’, mostrar que pode jogar no mesmo nível e superar um dos principais candidatos ao título.

Logo após o triunfo diante dos americanos, o técnico Marc Wilmots fez questão de ressaltar que não considera a equipe dele inferior aos sul-americanos. "Não importa se não nos colocam como favoritos nesse jogo. Basta ver que todas as partidas estão sendo muito iguais. Agora só sobraram equipes de altíssimo nível", defendeu.

O equilíbrio realmente marcou as oitavas de final. Dos oito duelos desta fase, três foram decididos na prorrogação e dois nos penâltis. Apesar disso, pela primeira vez na história, as oito equipes que lideraram seus grupos na primeira fase avançaram para as quartas.

Após 12 participações, esta é apenas a segunda vez que os Diabos Vermelhos chegam entre os oito melhores do Mundial. Em 1986, no México, alcançaram a semifinal, quando foram eliminados justamente pelos argentinos. Na ocasião, Maradona decidiu o jogo ao marcar os dois gols na vitória por 2 a 0. Em 2014, a principal arma dos hermanos segue sendo o camisa 10, Lionel Messi. "Não vamos ficar de olho só no Messi, mas em toda a equipe deles. Já tenho tudo em minha cabeça e estaremos preparados", destacou Wilmots.

Para que o roteiro de 1986 não se repita, a Bélgica terá de mostrar mais eficiência nas finalizações. Contra os Estados Unidos, o time dominou completamente a partida, chutou 27 vezes a gol, mas não conseguiu sair do 0 a 0 nos primeiros 90 minutos.

A entrada do atacante Lukaku, na prorrogação, foi fundamental. Ele deu a assistência para o primeiro gol de De Bruyne, aos 3 minutos do tempo extra. Pouco depois, aos 15, ele marcou o segundo dos belgas. Os EUA chegaram a diminuir, mas não tiveram forças para buscar o empate. "Estivemos sempre presentes na área deles e fomos felizes na prorrogação. Foi merecido", comemorou o jogador.

Lukaku, de 21 anos, é um dos jovens nomes desta equipe. A Bélgica é o terceiro time mais novo da Copa – média de 25 anos e 11 meses – e vai enfrentar justamente a equipe mais experiente do torneio. O elenco argentino tem média de idade de quase 29 anos. Marc Wilmots garante que os atletas não vão sentir o peso de mais um jogo decisivo. "Estamos mostrando nosso valor. Nós chegamos nas quartas e agora queremos ir até o fim", disse.

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