Quando o assunto é futebol, as principais autoridades políticas de Brasil e Alemanha estão em lados completamente opostos. A presença nos estádios e a empolgação com os jogos da seleção se tornaram uma marca da chanceler alemã Angela Merkel. Comportamento oposto ao da presidente brasileira Dilma Rousseff, que prefere ficar longe das praças esportivas.
A ida ao eventos esportivos costuma representar muitas vaias e constrangimentos para Dilma. Foi assim na abertura da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do mundo, no mês passado. Em várias partidas da primeira fase do Mundial, xingamentos direcionados a ela foram entoados pelos torcedores. Um cenário desfavorável que fez com que, apenas ontem, a presença da presidente na final do torneio fosse confirmada. Ela vai entregar a taça ao campeão no Maracanã, no próximo domingo.
Já Merkel sente-se em casa nas arenas. Nesta Copa, ela acompanhou a estreia da Alemanha contra Portugal, em Salvador. Quando apareceu no telão da Fonte Nova, foi aplaudida. Após a goleada por 4 a 0, a política ainda foi ao vestiário conversar com os jogadores: tirou uma foto com todos e participou também de uma "selfie" com o atacante Podolski (foto, dir.).
A brasileira prefere o contato com os atletas a distância, por meio de cartas enviadas ao elenco ou mensagens nas redes sociais. Neymar é o principal "amigo virtual" da petista. Ontem mesmo, Dilma (esq.) postou uma foto em homenagem ao atleta que foi cortado do Mundial: com o braço, fez um gesto típico do camisa 10 que representa o "É Tóis", gíria preferida do jogador.
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