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Empresários fecharam a Getúlio Vargas em frente a Arena da Baixada por causa de calote | Marcelo Andrade / Gazeta do Povo
Empresários fecharam a Getúlio Vargas em frente a Arena da Baixada por causa de calote| Foto: Marcelo Andrade / Gazeta do Povo
  • Protesto de empresários prestadores de serviços em frente à Arena da Baixada
  • Empresários de empresas prestadoras de serviços bloqueiam a Avenida Getúlio Vargas, em frente à Arena da Baixada
  • Protesto de empresários prestadores de serviços em frente à Arena da Baixada
  • Protesto de empresários prestadores de serviços em frente à Arena da Baixada

Um grupo de cerca de 30 empresários e operários fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira (14) em frente à Arena da Baixada reivindicando o pagamento atrasado de serviços.

Eles bloquearam todas as faixas da avenida Getúlio Vargas, em frente ao setor administrativo do CAP S/A, empresa criada pelo Atlético para gerenciar as obras, por volta do meio-dia, liberando a via pouco após as 15 horas. Se as novas reivindicações não forem cumpridas, uma nova manifestação será feita na sexta-feira.

Por volta das 12h45, a Polícia Militar chegou ao local do protesto e começou a negociar com os manifestantes, que ameaçaram colocar máquinas na pista da avenida caso não sejam atendidos pelo engenheiro Luiz Volpato, diretor construtor do Atlético e membro da CAP S/A. Por volta das 13 horas, a faixa da esquerda foi liberada e a Setran passou a orientar o trânsito, mas o clima ficou mais tenso com empresários discutindo por telefone com o diretor.

Às 13h05, funcionários do Atlético fecharam a sede, cerrando as portas e fechando os portões. Os empresários reagiram gritando "Falido! Falido". O funcionário responsável pelo fechamento alegou que foi uma medida de segurança e que nenhum dos funcionários estava no local, pois estão em horário de almoço. Ao retornar do almoço, por volta das 13h40, os trabalhadores do clube tiveram que retornar ao trabalho por uma entrada lateral protegida por seguranças do clube.

Por volta das 14h10, o diretor financeiro da CAP S/A, Robson Cleiber Lima, mandou chamar três representantes de empresas para conversar no prédio da administração. O chamado foi recusado. Os manifestantes exigiram duas alternativas para o diálogo: um representante descer para conversar com todos ou todos subirem para o edifício para negociar o impasse. Porém, cinco minutos depois, aceitaram a proposta com a promessa de que todos seriam ouvidos.

Pouco após às 15 horas, todos os diretores desceram e a manifestação se encerrou. Os empresários receberam a alegação de que o pagamento não foi realizado porque não foi feito o último repasse da Fomento Paraná para a CAP S/A.

A Arena da Baixada recebeu quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo e a CAP S/A ainda tem a receber a última parcela do financiamento do BNDES encaminhado via Fomento Paraná, no valor de 6,4 milhões, porém precisa atualizar a documentação para receber este valor.

Os empresários deram prazo até sexta-feira, 15 horas, para receber os pagamentos. Caso contrário, um novo protesto será realizado.

Foram oito as empresas envolvidas na manifestação. Elas são da área terraplanagem, locação de máquinas, limpeza e manutenção. Os empresários haviam recebido promessa de pagamento inicialmente até o dia 15 de junho e depois até o quinto dia útil de julho.

"Isso é falta de respeito com quem trabalhou. Na hora de pedir ajuda para terminar a obra a tempo para a Copa, nos chamaram e aceitamos. Agora, na hora de pagar, não nos dão resposta. Algumas empresas estão há três meses sem receber. Se eles não tinham dinheiro, não deveriam ter se metido na Copa", reclamou o empresário do ramo de terraplanagem, Sílvio Ednei Buzato, de 37 anos.

Eles alegaram que, sem este pagamento, não puderam quitar os salários de junho dos operários. Eles tentaram ser recebidos pela CAP S/A porém encontraram as portas fechadas e prometem manter o protesto até serem atendidos.

"A ideia nossa não é tumultuar, apenas garantir o que nosso", disse o empresário de construção civil Paulo Henrique Desplanches, de 32 anos, cujo atraso no repasse chegou a 45 dias.

A situação também afeta os operários, que aderiam à manifestação. "Estou há seis meses no brasil e vim só para trabalhar. Agora não consigo receber. É muito difícil. O Brasil tem muitos problemas", disse o operário haitiano Duguey Cyprius.

Apesar dos problemas financeiros, o presidente Mario Celso Petraglia , na última sexta-feira, prometeu a instalação do teto retrátil no estádio em 90 dias. O teto estava inicialmente previsto no projeto, mas foi retirado do pacote após a Fifa ameaçar em 2013 deixar o estádio fora da Copa.

O engenheiro Luiz Volpato, diretor-geral de projetos e construção do Atlético, afirmou não ter autorização para falar em nome do clube sobre o assunto.

Já o coordenador geral da Copa em Curitiba, Mario Celso Cunha, explicou que este é um problema do próprio Atlético. Segundo Cunha, pelo fato de o clube ser uma entidade privada, com fluxo de caixa próprio, isto o torna responsável pela solução da dívida com os empresários que prestaram serviços durante a reforma da Arena da Baixada para a Copa 2014.

A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do Atlético, mas até o momento não obteve resposta.

Protesto na Arena da Baixada

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