• Carregando...
Entrada principal da Arena da Baixada: segundo o Atlético, estádio fechou o mês de novembro com 88,8% da obra concluída | André Rodrigues/ Gazeta do Povo
Entrada principal da Arena da Baixada: segundo o Atlético, estádio fechou o mês de novembro com 88,8% da obra concluída| Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo

31 de dezembro de 2013 era o prazo dado pela Fifa para a entrega dos estádios que serão sedes da Copa. Na data combinada, a Arena da Baixada ainda corre contra o tempo e está longe de fi­­car pronta.

INFOGRÁFICO: Confira como está o andamento das obras da Arena para a Copa do Mundo de 2014

Descumprimento do acordo que não atinge apenas a sede paranaense do Mundial. As praças esportivas de Natal, Cuiabá, Manaus e Porto Alegre devem ser liberadas em janeiro para o jogo-teste.

O Itaquerão, em São Paulo, seria o único estádio pronto no dia acertado. Porém o acidente que vitimou dois operários, em 27 de novembro, derrubou o cronograma. Atualmente, não há previsão para a conclusão da casa do Corinthians.

A Baixada é a mais atrasada. Da última vez, o Atlético prometeu a realização da partida teste – uma pelada entre os operários que trabalham na obra – para 26 de janeiro. Até lá, devem estar terminadas a cobertura, a iluminação e 10 mil assentos, além do gramado. A inauguração oficial está prevista para 26 de março, aniversário de 90 anos do Furacão.

"Curitiba é o estádio no qual temos mais problemas e claramente não será entregue antes do fim de fevereiro de 2014, isto é um fato", afirmou Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa.

O remodelado Joaquim Américo será palco de quatro confrontos no maior e­­vento futebolístico do planeta. Irã e Nigéria (16 de junho), Honduras e Equador (20), Austrália e Espanha (23) e Argélia e Rússia (26).

No relatório mais recente, a CAP/SA – empresa criada pelo clube para gerir as obras – divulgou que o estádio estava 88,8% terminado, valor referente a 30 de novembro. Cerca de 1.200 operários trabalham no local atualmente.

Várias são as desculpas para a demora no projeto de R$ 265,2 milhões (descontado os impostos), de acordo com o orçamento derradeiro, montante dividido entre o clube, a prefeitura de Curitiba e o governo do Paraná. Os três parceiros na empreitada se esquivam do vexame jogando a responsabilidade um no colo do outro.

Mario Celso Petraglia, presidente rubro-negro, justificou com falhas no planejamento, o clima instável da cidade e, especialmente, a falta de comprometimento do poder público, o que teria provocado atraso nos repasses do financiamento pelo BNDES. Governo e prefeitura sempre alegam que "cumpriram suas partes".

Paralisações também prejudicaram a edificação. Em outubro, a Justiça do Trabalho do Paraná embargou a construção, após vistoria que registrou 208 autos de infração. A medida foi considerada um ato de "terrorismo" por Petraglia. Oito dias depois o impedimento foi revisto.

Neste mês uma greve dos operários por causa de salários atrasados freou o ritmo da produção. Em torno de 200 trabalhadores de empresas terceirizadas cruzaram os braços. Preocupado com o prazo exíguo, Petraglia foi pessoalmente pedir compreensão. "Dou minha palavra de que não teremos mais esse problema até o fim da obra", garantiu na ocasião.

A correria obrigou o Rubro-Negro a abandonar a instalação do teto retrátil – a "tampa do Caldeirão". Em agosto, após vistoria na cidade, a Fifa considerou que o mecanismo prejudicaria ainda mais a disponibilização do estádio.

Além disso, o Atlético não poderá mandar nenhuma partida na nova morada antes do Mundial, usando a Vila Capanema.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]