Se a ideia do Brasil é a de manter a proibição contra a venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa de 2014, esse projeto sofreu um duro golpe ontem. A Fifa anunciou a renovação de seu contrato multimilionário com a cervejaria belgo-brasileiro Anheuser-Busch InBev até 2022, quando o Mundial ocorre pela primeira vez em um país muçulmano: Catar.
Pelas leis islâmicas, a bebida alcoólica e sua publicidade são proibições religiosas. Mas, por dinheiro, a Fifa ignorou tais preceitos e fechou um contrato com a InBev para patrocinar a Copa. O recado ao Brasil foi claro: nenhuma lei, nem a religiosa, serve de limite para o Mundial.
O governo brasileiro e a Fifa travam atualmente uma batalha em torno da Lei Geral da Copa o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, desembarca na semana que vem no Brasil justamente para tentar superar a polêmica. A Fifa não abre mão de ter bebidas de um de seus principais patrocinadores sendo vendidas em todos os 12 estádios brasileiros. "Estamos ansiosos para trabalhar em cooperação com os patrocinadores até 2022 e até depois disso", disse Jerome Valcke.
A cervejaria patrocina os eventos da Fifa desde 1986 e paga em média US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 42,5 milhões) por ano para ter sua marca relacionada com ao principal torneio de futebol do planeta. "Desde que se juntou à nossa família de patrocinadores, a Budweiser teve um papel vital no desenvolvimento da Copa do Mundo como grande evento", afirmou Valcke, braço direito do presidente da Fifa, Joseph Blatter.
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