• Carregando...
Jérôme Valcke disse que vai brindar o sucesso da Copa com caipirinha e champanhe | Sergio Moraes/Reuters
Jérôme Valcke disse que vai brindar o sucesso da Copa com caipirinha e champanhe| Foto: Sergio Moraes/Reuters

Ronaldo em silêncio

O ex-atacante Ronaldo recusou-se ontem a responder a uma pergunta sobre a forma como a CBF administra o futebol de clubes no Brasil. Durante participação em um fórum de gestão esportiva, o maior artilheiro da história das Copas do Mundo com 15 gols foi questionado sobre o que pensava da gestão do órgão em relação aos clubes brasileiros. "Você tem dúvida, precisa mesmo da minha opinião? Já estou até vendo as manchetes. Falou ou não falo? Não fala mais nada", afirmou o centroavante.

Os principais responsáveis pela organização da Copa decidiram adotar um discurso otimista ontem. Até o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, preferiu deixar de lado o tom crítico e fez somente elogios ao evento. A presidente Dilma Rousseff, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o chefe do Comitê Organizador Local da Copa (COL), Ricardo Trade, e o ex-atacante Ronaldo mantiveram a agenda positiva.

O fim da discussão em público faz parte da estratégia dos organizadores para evitar maiores arranhões na imagem do evento no exterior. Na quarta-feira, o diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, admitiu que "há dúvidas’’ dos patrocinadores do Mundial sobre o impacto das manifestações populares durante o evento, mas que nenhuma das empresas desistiu de trazer os seus convidados ao país no período.

A presidente Dilma Rous­­seff foi a primeira a celebrar a Copa. Em entrevistas a rádios do Pará, ela afirmou que o governo fez sua parte e que as obras estão prontas. "Nós fazemos a nossa parte. Os estádios estão prontos, os aeroportos estão prontos. Eu não tenho dúvida de que, tanto fora de campo como dentro de campo, nós vamos mostrar a força do nosso país", disse.

Em seguida, a Presidência alterou a frase dita por Dilma. Em mensagem divulgada no Twitter do "blog do Planalto’’, canal oficial da Presidência na rede social, trocou "fazemos a nossa parte’" por "faremos a nossa parte", e omitiu os verbos que Dilma Rousseff usou para dizer que as obras estão prontas.

Matéria publicada pela Folha de S.Paulo na quarta-feira, a 50 dias do início da Copa, mostrou que alguns aeroportos deixaram obras mais ambiciosas para seus terminais para depois da Copa. E ainda há estádios, como o Itaquerão, em São Paulo, que não realizaram jogos para serem testados para a competição.

Crítico da lentidão dos brasileiros dentro da Fifa, o secretário-geral da entidade foi um dos mais empolgados ontem com a Copa. Três dias depois de declarar que o país não tinha nenhum segundo a perder, o francês declarou que vai brindar com "caipirinha" e "champanhe" o sucesso do Mundial.

"Existe o atraso, mas afirmar que nada foi cumprido não é verdade. Tudo o que foi acordado está aí", afirmou Valcke, que deixou o país ontem e só volta ao Brasil na segunda quinzena de maio para ficar até o fim do Mundial.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]