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O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, descartou nesta segunda-feira, 17, mudanças no edital de privatização dos aeroportos do Galeão e Confins, que impede a participação de consórcios já vencedores em outros leilões.

"A visão do governo é a que está colocada no edital. Achamos que a competição é fundamental", afirmou. Ele citou como exemplo a competição que existe entre os aeroportos do Galeão e de Guarulhos. "É fundamental para o passageiro brasileiro, para o sistema aéreo nacional, manter essa concorrência porque ela estimula uma melhoria do preço", explicou.

Nos bastidores, consórcios vencedores de outros leilões de aeroportos estão se mobilizando para tentar convencer o governo a mudar as regras. Mas Franco se mostrou descrente que essa movimentação vá adiante.

"Vivemos em uma democracia. Mas a visão do governo é a que está no edital", completou. O ministro-chefe lembrou que o objetivo do governo é quebrar a estrutura monopolista que sempre existiu no País com a Infraero.

"Hoje, o funcionamento de um aeroporto exige um padrão tecnológico dos operadores grande para melhorar a qualidade e reduzir os preços, com o aumento da produtividade. Isso só acontece quando se incorpora inovação", completou.

Questionado sobre possíveis mudanças no comando da Infraero, Franco afirmou que não havia qualquer articulação nesse sentido e que seria equivocado e "leviano" se colocar às vésperas da Copa das Confederações uma notícia dessas.

Copa do Mundo

O ministro reconheceu que várias obras para a Copa do Mundo de futebol, em 2014, estão atrasadas. Já visitei quase todos os aeroportos, falta somente Curitiba e Manaus, e constato que em vários deles temos um atraso de obra", disse Moreira Franco. Segundo ele, um problema "grave" no Galeão (a reforma vai custar R$ 674 milhões) foi solucionado: a elaboração dos projetos executivos. "Tenho dito que em relação aos aeroportos da Copa eu não tenho um plano B, só A; o calendário está definido e eles precisam estar em condições de operar para atender à demanda que teremos".

O mesmo problema, entretanto, está sendo enfrentado agora no aeroporto internacional Pinto Martins, em Fortaleza, cuja reforma, ao custo de R$ 337 milhões, está sendo feita pelo mesmo consórcio do Galeão. "Os projetos executivos não têm qualidade. Precisamos resolver esse problema para as obras andarem com maior rapidez", disse o ministro. Segundo ele, o ritmo da reforma no terminal cearense está "muito baixo". "Mas já estamos reunidos com o consórcio para que os problemas possam ser resolvidos", afirmou.

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