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A seleção argelina está em Sorocaba desde o dia 8. Mas é como se não estivesse.Hospedados no CT (centro de treinamentos) do Atlético Sorocaba, envoltos em mistérios, os jogadores e a comissão técnica quase não deixam o local.

A exceção foi no último dia 12, quinta, quando Brasil e Croácia inauguraram a Copa do Mundo. Naquele dia, um ônibus deixou o CT e se dirigiu ao Hotel Fazenda Pitangueiras, distante dez quilômetros, onde familiares de alguns membros da delegação estão hospedados. Houve um churrasco.

A sensação de mistério não se deve apenas ao fato de os argelinos não saírem muito às ruas. Mesmo dentro do CT, ao menos para quem não é fluente em árabe ou francês, também é difícil saber o que se passa.A reportagem esteve no local na segunda-feira (15), horas antes de a Argélia embarcar para Belo Horizonte, onde estreia diante da Bélgica nesta terça (17).

Na coletiva, o zagueiro Mohamed Zemmamouche e o zagueiro Essaid Belkalem não falavam inglês. E o intérprete contratado pela federação não costuma aparecer nas entrevistas coletivas.Assim, os não-fluentes em inglês ou francês tiveram que confiar nas anotações feitas à mão, em um bloquinho, por um auxiliar-técnico.

"Uhm, o que o Elkalem, falou? Peraí, deixe-me ver se encontro", disse, enquanto revirava suas anotações.

Segundo jornalistas que acompanham o dia-a-dia dos argelinos, as decisões sobre quais treinos serão abertos à imprensa -por no máximo 15 minutos, apenas durante o aquecimento- também são imprevisíveis.Na segunda-feira (9), os jornalistas chegaram a entrar no ônibus que os levaria ao campo de treino, distante cerca de dois quilômetros da sala onde ocorrem as entrevistas.

Mas, quando o motor do veículo já estava ligado e pronto para zarpar, a imprensa foi avisada de que o técnico bósnio Vahid Halilhodzic, comandante do time, havia mudado de ideia e decidido fechar o treino.

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