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O acordo inicial da Arena previa cotas iguais de R$ 61,4 milhões para estado, município e Atlético; A estimativa atual é de que o custo do estádio tenha subido de R$ 184 milhões para R$ 265 milhões; A diferença entre os dois orçamentos é de R$ 81 milhões, valor que ninguém sabe quem vai pagar | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
O acordo inicial da Arena previa cotas iguais de R$ 61,4 milhões para estado, município e Atlético; A estimativa atual é de que o custo do estádio tenha subido de R$ 184 milhões para R$ 265 milhões; A diferença entre os dois orçamentos é de R$ 81 milhões, valor que ninguém sabe quem vai pagar| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
  • Trade: arenas sustentáveis

Na próxima segunda-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fará a visita derradeira de inspeção a Curitiba. Quando questionar sobre a viabilidade financeira do projeto da Arena, o executivo ficará sem resposta. A quatro meses do término do prazo imposto pela entidade para a conclusão dos estádios, ninguém sabe quem pagará o acréscimo no orçamento da sede paranaense.

Em julho, Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético, revelou o encarecimento do cronograma financeiro, dos R$ 184 milhões acertados no contrato inicial, para R$ 265 milhões. Um excedente de R$ 81 milhões que até o momento o clube, a prefeitura de Curitiba e o governo do Paraná – os três participantes da empreitada – não assumem arcar.

"O estado não pretende colocar nem mais um centavo na Arena", garantiu o governador Beto Richa, ao ser questionado pela Gazeta do Povo em encontro no Palácio Iguaçu na quarta-feira. A posição da prefeitura é idêntica. "Não temos vontade de elevar o aporte", comentou Reginaldo Cordeiro, secretário municipal da Copa. Ambos admitem empenhar a importância corrigida pela inflação.

Anteriormente, Petraglia assegurou que pagaria qualquer quantia extra nos custos da praça esportiva. Mas, em pronunciamento na Rádio CAP, no dia 26 de julho, alegou que a situação atual exige outra saída. "Disse que o Atlético assumiria desde que as coisas acontecessem nos tempos certos. Mas não podemos assumir o retardo de ações do governo e município. O que vamos buscar é essa pequena diferença", declarou o cartola.

Para o Comitê Organiza­dor Local da Copa do Mundo no Brasil, o importante é ver a Arena concluída dia 31 de dezembro, seja qual for o acerto entre os financiadores. "Nós apenas monitoramos. Não temos ingerência. A promessa é de que o estádio estará pronto no prazo", comentou Ricardo Trade, CEO do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil, após a abertura da 1.ª Oficina do Programa de Treinamento em Sustentabilidade de Estádios promovida pela Fifa, ontem, em Curitiba.

Enquanto isso, a obra prossegue no canteiro da Rua Buenos Aires. Não se sabe até quando. Isso porque o repasse da verba financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), via Agência de Fomento, continua travado pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR).

Na última terça-feira, o TC-PR recebeu do BNDES o projeto e o cronograma financeiro atualizados pelo Atlético. O órgão tem 45 dias para analisar e, se entender dessa maneira, liberar a continuidade dos repasses. Até então, a CAP S/A, sociedade de propósito específico responsável pela reforma e ampliação da Baixada, recebeu R$ 85,2 milhões (equivalente a 64,9%) dos R$ 131,2 milhões previamente combinados.

A última divulgação do andamento da construção pela CAP/SA foi feita no dia 10 de julho. Na oportunidade, a obra estava 71,43% concluída.

Estádios sustentáveis são tema de treinamento em Curitiba

Curitiba recebeu na manhã de ontem a 1.ª Oficina do Programa de Treinamento em Sustentabilidade de Estádios. Trata-se do início de uma série de eventos de preparação para a Copa do Mundo de 2014 que serão promovidos pela Fifa no país. O encontro ocorreu no Parque Barigui e prossegue hoje com o segundo e último dia de palestras.

O treinamento está sendo oferecido aos operadores das praças esportivas e tem como objetivo repassar informações e ferramentas para a manutenção e gerenciamento autossustentáveis. "A preocupação da Fifa é procurar um balanço entre os fatores econômicos, sociais e ambientais", resume Federico Addiechi, chefe do Departamento de Responsabilidade Social Corporativa da entidade.

O reforço no conceito de sustentabilidade dos estádios brasileiros partiu do Banco Nacional de Desenvolvimento Econô­­mi­­co e Social (BNDES), com a exigência de uma certifica­­ção no tema para a concessão de empréstimos para as obras do Mundial.

"Foi um ponto importante que virou legado. A Fifa exigirá isso sempre a partir de agora", diz Ricardo Trade, CEO do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil.

Com relação ao projeto da Arena, estádio do Atlé­­ti­­co escolhido para receber as partidas do evento em Curitiba, há um programa de reaproveitamento da água. Existia também a possibilidade da utilização de energia solar, através de um convênio com a Copel que, no entanto, acabou não sendo firmado.

"O estádio está sendo pre­­parado para receber a energia solar, temos espe­­rança de que isso ainda pos­­sa acontecer", afirma Re­­gi­­naldo Cordeiro, secretário municipal da Copa.

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