• Carregando...
Arena da Baixada ontem à tarde: operários trabalham na retirada das cadeiras e também da cobertura | Antonio More/ Gazeta do Povo
Arena da Baixada ontem à tarde: operários trabalham na retirada das cadeiras e também da cobertura| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo
  • Veja as variações para a remodelação do estádio rubro-negro

Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético, garante que fará a Are­­na para a Copa do Mundo por R$ 184 milhões – valor bem inferior ao orçado pelo clube nos meses de outubro e novembro de 2011.

Conforme dois levantamentos financeiros da gestão anterior do Rubro-Negro, ambos obtidos pela Gazeta do Povo, o cálculo para deixar a praça esportiva nos padrões Fifa supera os R$ 200 milhões.

As planilhas foram apresentadas pelo engenheiro Flávio Vaz e pelo arquiteto Carlos Arcos, profissionais contratados do clube. O pri­­meiro foi demitido na semana pas­­sada por divergências com Pe­­tra­­glia. O segundo segue na Baixada.

O orçamento apresentado em outubro por Vaz indica um custo de R$ 207,4 milhões. Muito próximo disso, a planilha de Arcos, en­­tre­­gue em novembro, chega a R$ 208,9 milhões.

Os números mudam mês a mês, acompanhando o aquecido mercado da construção civil e ao sabor das exigências do caderno de encargos da Fifa. Assim mesmo, o mandatário atleticano garante a economia na edificação.

Segundo o atual presidente atleticano, a empreitada sairá cerca de R$ 24 milhões mais em conta. Ele, no entanto, não explica como chegou à cifra que, segundo garantiu em entrevista à Ga­­zeta do Povo (em 12/12/2011), é de­­finitiva – "Não há nenhuma possibilidade de aumentar", disse. Petraglia chegou a apresentar aos conselheiros do clube o esboço do plano de ação, em julho do ano pas­­sado. Nele, o dirigente garantia conseguir 20% de isenções fiscais e tributárias e mais 10% de abati­men­to no sucesso das negociações.

Contando com isso, prometeu na oportunidade que faria a remodelação da Arena por R$ 150 mi­­lhões e que o Atlético arcaria com, no máximo, R$ 30 milhões, que poderiam ser quitados em 15 anos.

No entanto, não há consenso so­­bre os descontos. No caso das isenções para o Mundial, por exem­­plo, fontes ouvidas pela re­­portagem afirmam que o abatimento ficará entre 10% e 15% – patamar também considerado nos apontamentos executados pela administração de Marcos Malucelli.

"Ainda é cedo para falarmos nisso, o estudo não foi concluído, pois são impostos municipais, estaduais e federais, alíquotas diferentes. Acredito que teremos um parâmetro somente em junho", afirma Luiz de Carvalho, Secretário Muni­­ci­­pal para Assuntos da Copa. A aná­­lise é de responsabilidade do Conselho Nacional de Política Fa­­zen­dária (Confaz).

Há ainda outro aspecto que precisa ser considerado. Trata-se do acréscimo de 5% por causa de uma nova certificação, para edificações sustentáveis, recomendada pelo COL (Comitê Organizador Local) e exigida para as obras financiadas com dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) – o caso da Arena.

Este cálculo foi incluído nos orçamentos de Vaz e Arcos. En­­tretanto, não se sabe se a conta de Petraglia recebeu esse abono.

O go­­verno do Paraná pediu R$ 123 mi­­lhões de empréstimo no BNDES para a obra. O restante fi­­ca­­rá a cargo do Atlético, com possível aporte do Fundo de Desen­­vol­­vi­­men­­­­to do Estado ou ou­­tra instituição financeira. O clube estuda dei­­xar o CT do Caju como garantia na sua parte de endividamento.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]