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José Maria Marín faz pose para os fotógrafos: passagem cinematográfica pela Granja Comary | Hugo Harda,enviado especial/ Gazeta do Povo
José Maria Marín faz pose para os fotógrafos: passagem cinematográfica pela Granja Comary| Foto: Hugo Harda,enviado especial/ Gazeta do Povo

O hexacampeonato valerá cerca de R$ 1,2 milhão a cada jogador da seleção brasileira. O valor foi oficializado ontem, em uma rápida visita do presidente da CBF, José Maria Marín, à Granja Comary. A premiação supera a dos títulos anteriores. Não será pago bicho caso o Brasil não levante a taça.

Definir o prêmio foi uma das prioridades na primeira semana de preparação. Na segunda-feira à noite a questão foi tratada em reunião entre o capitão Thiago Silva, o goleiro Júlio César e o administrador da CBF, Guilherme Ribeiro.

Com o discurso de que o prazer de ser campeão em casa é maior do que qualquer dinheiro, os jogadores decidiram aceitar a composição proposta pela CBF. Marín e Thiago Silva já haviam, inclusive, conversado a respeito. "Se há uma coisa que não preocupa nessa Copa é a premiação. Já conversei sobre isso com o Thiago Silva e ele gostou do que foi proposto", disse Marín no início do mês.

A Fifa premia o campeão mundial com US$ 35 milhões (algo em torno de R$ 80 milhões), o maior valor da história do torneio. A CBF repassará 60% deste montante ao grupo – R$ 48 milhões. Uma nova divisão será feita, com R$ 30 milhões repartidos em partes iguais entre os 23 jogadores, o técnico Luiz Felipe Scolari e o coordenador Carlos Alberto Parreira. A diferença vai para o restante do numeroso estafe da seleção.

O prêmio individual é 200% maior que o pago pelo penta, em 2002. O título rendeu R$ 400 mil individualmente. Vinte anos atrás, cada tetracampeão embolsou R$ 120 mil. Jogadores das seleções vencedoras em 1958, 62 e 70 foram beneficiados, ano passado, com um prêmio de R$ 100 mil previsto na Lei Geral da Copa.

O bicho foi oficializado após uma chegada cinematográfica de Marín. Por volta do meio-dia, um helicóptero desceu na Granja com ele e o presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero.

Marín dirigiu-se aos jornalistas e perguntou se todos estavam sendo bem tratados. Disse que o investimento de R$ 15 milhões para reformar o CT serviu também para atender a imprensa. Enquanto tentavam se aproximar para ouvir melhor o presidente, alguns repórteres, fotógrafos e cinegrafistas quase caíram em uma vala.

Depois, os dois cartolas subiram até o prédio principal da concentração. Almoçaram com os jogadores, formalizaram o acordo e foram saudados pelo capitão Thiago Silva, em nome do grupo. O encontro atrasou em mais de uma hora a entrevista de David Luiz e Willian.

Quando o zagueiro se preparava para falar, mais um contratempo provocado pelos cartolas. O barulho do helicóptero interrompeu a conferência por cerca de cinco minutos, causando constrangimento na assessoria da CBF e motivando piadas de David Luiz. "É o presidente, gente", brincou, na hora da interrupção. "Tchau, presida", disse quando o som do helicóptero ficou distante.

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