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Felipão parou o treino de domingo para cobrar o time: “marcação frouxa” | Ueslei Marcelino/Reuters
Felipão parou o treino de domingo para cobrar o time: “marcação frouxa”| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A seleção brasileira campeã da Copa das Confederações chegou a Teresópolis informalmente escalada para a estreia no Mundial, mas talvez não seja o time que estará em campo em nove dias, contra a Croácia, no Itaquerão. Reflexo dos trabalhos na Granja Comary, especialmente o treino de domingo, que tirou Luiz Felipe Scolari do sério. Por isso, o treinador reabriu a briga por posições. Disputa que eleva o peso dos amistosos contra Panamá (hoje) e Sérvia (sexta-feira).

"Seguimos à risca o estabelecido na Granja, o que não estava estabelecido foi que treinássemos daquela forma: marcação frouxa, com espaço nos laterais e no meio para os contra-ataques. Não podemos perder a identidade. Todo jogo era igual, a mesma pegada. Não pode mudar agora. Por isso estou cobrando", afirmou Felipão, ontem, no Serra Dourada. "Pode mudar o time da estreia se eu notar que alguém daqueles que eu imaginava não está em boas condições. Vou observar bem", avisou.

Contra o Panamá, Felipão usará Dante e Ramires como titulares no lugar de Thiago Silva e Paulinho, poupados. É improvável uma mudança no miolo de zaga, mas Ramires tem chance de virar titular. Foi muito elogiado por Felipão pela versatilidade. Willian é outro que tem treinado muito bem, ameaça a Oscar ou Hulk. A força defensiva de Maicon aumenta a sombra sobre Daniel Alves.

Scolari irá experimentar alternativas no amistoso. Tem quatro substituições já certas. Provavelmente, Maicon, Henrique, Hernanes e Willian no lugar de Daniel Alves, Dante, Oscar e Hulk, respectivamente. Mais duas serão feitas de acordo com o jogo.

Felipão se mostra preocupado com a atitude dos jogadores. Quer deles a noção exata do que é jogar uma Copa no Brasil. "Não se pode esquecer que estamos a uma semana da Copa. Minha função é lembrar isso. Posso dizer muito sim, mas quando digo não, deve ser ouvido como algo importante. Exijo deles o que sempre exigi das minhas equipes: seriedade, jogar como se fosse o último jogo", disse.

Um sentimento que leva a uma bronca pública como a de domingo. Algo que, segundo Felipão, morre na conversa após o treino, desde que os erros sejam reconhecidos e corrigidos. "Estava bravo com tudo aquilo que estava vendo. Vocês não precisam levar a ferro e fogo o que eu digo no campo. Chiei e pronto. Depois, vou examinar o que aconteceu", explicou.

Mesmo a caminho da sua terceira Copa, a segunda à frente do Brasil, Felipão admite estar ansioso para a estreia. Por isso, não vê a hora de enfrentar a Croácia. "Tem dias em que estou bem à vontade, não me preocupo com jogo nenhum. Tem dias em que dá errado, não durmo, fico remoendo lá dentro, vou buscar uma solução. Está na hora de começar essa confusão, pelo amor de Deus. E aí, pronto, vai ou racha e acabou. É isso que estou vivendo neste momento", admitiu.

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