Médicos da seleção minimizam mudanças de temperatura

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Os membros da comissão técnica da seleção brasileira minimizaram nesta quarta-feira (28) o contraste climático que deve ser enfrentado pelos jogadores nas próximas semanas. A preparação está sendo feita em Teresópolis (RJ), conhecida pelas temperaturas baixas, com neblina e alta umidade relativa do ar, mas a equipe terá pela frente compromissos em cidades com clima quente, como Fortaleza, e seco, como Brasília, na primeira fase da Copa do Mundo.

O cardiologista da seleção brasileira, Serafim Borges, garantiu que a comissão técnica já começou a trabalhar os jogadores para lidar com as mudanças bruscas de temperatura. "Os jogadores estão fazendo reposição vitamínica para recuperar a imunidade. Começou ontem [segunda] e vai até o final da competição", explicou.

Serafim destacou que a seleção é formada por jogadores que atuam em alto nível há alguns anos. Para ele, isso faz com que os atletas possuam "lastro físico". "O cidadão que não faz exercício sente mais. Os trabalhos de preparação física que os atletas fazem minimizam isso", disse.

Chefe da equipe médica da seleção, José Luiz Runco ressaltou que a estrutura da Granja Comary, definida por ele como "de excelência", faz valer a pena os possíveis riscos que a mudança brusca de clima pode provocar nos jogadores. "A estrutura daqui não pode ser desprezada por um ou dois dias fora", disse. "Temos de ter atenção na suplementação, mas isso não pode ser transformado em um fantasma", completou o ortopedista.

De qualquer forma, o frio deve ser uma rotina na preparação brasileira para a Copa do Mundo, tanto que a previsão é de que as temperaturas baixem até os 6ºC nos próximos dias em Teresópolis. Enquanto isso, a equipe enfrentará o Panamá, em amistoso na próxima terça-feira, na tradicionalmente quente Goiânia. Já na fase de grupos do Mundial, terá compromissos em Fortaleza, contra o México, no dia 17 de junho, e em Brasília, diante de Camarões, seis dias depois, duelos que devem ser marcados pelo calor.