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Iranianos durante o treino de reconhecimento do gramado da Arena: “Nosso Mundial é a Nigéria”, avisa o técnico Carlos Queiroz | Jonathan Campos/ Gazeta Povo
Iranianos durante o treino de reconhecimento do gramado da Arena: “Nosso Mundial é a Nigéria”, avisa o técnico Carlos Queiroz| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta Povo

Estratégia

Nigerianos driblam o favoritismo para evitar pressão extra na estreia

Diego Ribeiro

"Ele [Carlos Queiroz, técnico do Irã] está na verdade fazendo uma brincadeira mental. Nós os consideramos favoritos também." Foi desta maneira que o técnico da Nigéria, Stephen Keshi, definiu o confronto com o Irã que abre a Copa do Mundo em Curitiba, às 16 horas.

Em entrevista coletiva ao lado do capitão Joseph Yobo, após o reconhecimento do gramado da Arena da Baixada, Keshi procurou equilibrar a pressão pelo resultado. Apesar da estratégia, sabe que seus comandados têm a responsabilidade de somar os três pontos. "Amanhã [hoje] nós vamos provar o que podemos fazer. Sabemos que não vai ser muito fácil", comentou.

Para justificar o possível emparelhamento de forças com os asiáticos, o treinador africano recorreu a uma comparação com a Nigéria de 1994, conhecida como as "Superáguias". Falta, segundo ele, a maturidade que havia naquele time, que jogava junto havia seis anos. "[Em 1994] Havia muita experiência, diversos talentos, ótimos jogadores. Essa equipe é um bebê e está crescendo. Naquele ano, o moral estava elevado. Tentamos implementar essa mesma mentalidade agora. Quando chegarmos a esse espírito, vamos ser dez vezes melhores do que 1994", continuou.

Questionado sobre a importância para a equipe do Emmanuel Emenike, atacante do turco Fenerbahçe, Keshi e Yobo defenderam o jogo coletivo. "Ele é um ótimo jogador. Mas não funcionamos com um jogador só. Estamos unidos. Queremos jogar em equipe e não como indivíduos", frisou Keshi. A Nigéria ainda conta com outras duas estrelas, o meia Victor Moses, jogador do Liverpool (Inglaterra) e o volante do Chelsea (Inglaterra), John Obi Mikel.

  • Apesar de ter jogadores mais rodados, Nigéria evita favoritismo:

O ranking da Fifa aponta o duelo de hoje entre Irã e Nigéria como o pior entre os 48 duelos da primeira fase – somados os pontos das duas seleções a conta dá 1.281, contra 1.405 do penúltimo colocado Coreia do Sul x Argélia, em Porto Alegre, no dia 22. Mas é jogo de Copa do Mundo, reunindo nomes como Mikel e Carlos Queiroz dos dois lados. E de cara praticamente decidirá a vida dos envolvidos, que depois pegam as favoritas do grupo Argentina e Bósnia-Herzegovina. Sem contar a expectativa criada pela espera de Curitiba, última sede a estrear, que chegou a ser ameaçada de exclusão e enfim verá concretizada a participação no megaevento.

Veja como chegar à Arena da Baixada

No ranking da Fifa, os iranianos ocupam a 43.ª posição (641 pontos) e os nigerianos a 44.ª (640 pontos). Estão à frente de Japão (46.º), Camarões (56.º), Coreia do Sul (57.º) e Austrália (62.º), mas esses países não se enfrentam. Teoricamente, uma diferença considerável para argentinos (5.º lugar, 1.175 pontos) e bósnios (21.º, 873).

"Nosso Mundial é a Nigéria. Cada ação desse jogo, cada duelo, cada bola disputada. É assim que nos preparamos para esse jogo. Quando acabar começamos a pensar no seguinte, que é a Argentina", discursou o técnico do Irã, o moçambicano Carlos Queiroz, que treinou Portugal na Copa de 2010.

Do outro lado, o nigeriano Stephen Keshi também garantiu toda a concentração no confronto de hoje. "Estou pensando no Irã. Não na argentina. Mas não é uma decisão", disse, evitando jogar uma pressão muito grande sobre seu time. "Não estamos falando apenas de vencer. Mas a coisa mais importante é ver como os jogadores vão se entender, a atmosfera, a amizade. Isso é muito importante. Acho que vamos nos sair muito bem", projetou.

O time de Keshi tem jogadores mais conhecidos, como o meio-campista Mikel, do Chelsea, e o atacante Moses, do Liverpool. Outros 17 jogam em clubes de menor expressão da Europa. Apenas quatro no próprio país. Na seleção de Queiroz a situação é inversa. São 14 no futebol iraniano, seis em clubes menores da Europa, um no Canadá, um no Catar e um no Kuwait.

Ao vê-los em campo, o curitibano finalmente conhecerá o fim de uma novela que quase levou a Fifa a excluir a cidade no início do ano. E terá fim a espera que se tornou ainda mais angustiante com o início do Mundial na quinta-feira e jogos já por todas as outras 11 sedes. Totalmente imersas no clima de Copa, Salvador e Natal, por exemplo, recebem hoje as segundas partidas em seus estádios.

Quem é o 10?

Serviço útil para quem for ao estádio hoje, com dois times desconhecidos: leve rádio

Rádio Band News – 96,3 FM : única rádio que transmitirá Irã e Nigéria.

Rádio CBN Curitiba – 90,1 FM: alguns jogos, como os de Curitiba, serão transmitidos pelo site. Não transmitirá o jogo de hoje no dial.

Transamérica – 100,3 : manterá a programação local nos dias que a rede transamérica não transmitir os jogos. Irã e Nigéria não será transmitido.

Banda B – 550 AM: não transmitirá nenhum jogo, mas faz cobertura sobre a Copa em Curitiba.

98,9 FM – notícias sobre a Copa direto da Fan Fest, mas não transmitirá jogos do Mundial.

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