• Carregando...
Mesmo sem certezas de onde virá o dinheiro, preparação da Arena para a obra engrenou na última semana: centenas de cadeiras e boa parte da cobertura do estádio  já não estão mais lá | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Mesmo sem certezas de onde virá o dinheiro, preparação da Arena para a obra engrenou na última semana: centenas de cadeiras e boa parte da cobertura do estádio já não estão mais lá| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Uma alternativa aos sites institucionais da Copa do Mundo são informações disponíveis em páginas da iniciativa privada. A mais antiga delas é o Portal Copa 2014 (www.portal2014.org.br), gerido pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco). A página está no ar desde 2009 e é mantida por uma equipe de 20 pessoas, incluindo correspondentes nas cidades-sede. O internauta tem à disposição informações sobre o andamento das obras, curiosidades históricas, enquetes e fotos. Segundo o editor do site, Marcos de Sousa, em 2011 foram 15,6 milhões de visitas, uma média de 10 mil por dia.

Como surgiu a ideia da criação da página?

Decidimos criar um portal que mostrasse como o Brasil está se preparando. A nossa ideia é que o país possa tirar da Copa o melhor legado possível. De lá para cá a gente vem notando que o grande interesse do leitor é de como andam as obras e não apenas em estádios.

Qual o objetivo do portal?

A ideia era criar um veículo de comunicação que tivesse a navegação mais fácil possível e que qualquer um pudesse entender. Mesmo sem conhecimentos técnicos e sem estar acostumado a ler o Diário Oficial ou a visitar os sites dos organismos de controle. Nem sempre o acesso às informações é fácil. Alguns governos são mais transparentes e outros dificultam esse trabalho. Um dos objetivos nossos é verificar se o dinheiro público está sendo gasto adequadamente. Comparar orçamento inicial com o que está sendo feito, tentar checar e acompanhar os mecanismos de controle, mas de forma informal e usando ferramentas jornalísticas. Contar para o leitor porque certa obra vai bem e outra nem tanto.

Como tem sido a recepção do público ao site?

Recebemos todos os dias cerca de 20 a 30 solicitações de informações, inclusive de órgãos oficiais, até porque mesmo eles têm dificuldade de achar algum dado.

Como vocês conseguem as informações?

Os correspondentes fazem um contato cotidiano com os organismos públicos e visitam as obras uma vez por mês para verificar se de fato aquele andamento que é descrito nos relatos oficiais corresponde à realidade. Com a ajuda do Sinaenco, temos um olhar técnico para avaliar a porcentagem do andamento de cada obra. Por exemplo, alguma pode parecer muito atrasada no canteiro, mas vai usar muitos materiais pré-fabricados, que estão sendo feitos em fábrica externa e depois serão levados. Às vezes alguma escavação com fundações rapidamente se torna um edifício construído por causa da pré-fabricação. A gente procura avaliar em cada cidade, cada projeto, as características, a quantidade de trabalhadores, conversar com o arquiteto, construtora e governo para entender como está andando.

Qual a frequência de atualização?

O site é atualizado diariamente. Publicamos em torno de 50 a 60 textos por semana relacionados à Copa. Todo mês fazemos uma atualização das obras nos estádios, mobilidade urbana e aeroportos, que nem sempre dá para fazer, porque o acesso é complicado. Metade das informações vem das observações dos jornalistas e metade são informações que a Infraero fornece.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]