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Vista panorâmica da Arena ainda em obras: atraso na liberação de verbas à CAP S/A ameaça mais uma vez diminuir o ritmo dos trabalhos de conclusão do estádio | Rodolfo Bührer/ Reuters
Vista panorâmica da Arena ainda em obras: atraso na liberação de verbas à CAP S/A ameaça mais uma vez diminuir o ritmo dos trabalhos de conclusão do estádio| Foto: Rodolfo Bührer/ Reuters

Honduras

A seleção de Honduras, que irá jogar na Arena da Baixada no dia 20/6, contra o Equador, foi convocada ontem. A equipe centro-americana terá ainda como rivais a França (15/6, em Porto Alegre) e Suíça (25/6, em Manaus). A CAP/SA, empresa que gere as obras do estádio curitibano, publicou em seu site uma saudação de boas-vindas à equipe.

O técnico colombiano Luis Fernando Suárez foi o primeiro a listar os 23 convocados da sua seleção para o Mundial. Cinco dos chamados atuam no futebol britânico: Arnold Peralta (Glasgow Rangers, da Escócia), Emilio Izaguirre (Celtic, também escocês), Juan Carlos García e Roger Espinoza (ambos no Wigan Athletic, da Inglaterra) e Maynor Figueroa (Hull City, também inglês).

A Arena da Baixada receberá a visita da presidente Dilma Rousseff na próxima sexta-feira, dia 9, às 10 horas, em evento fechado ao público. A vinda a Curitiba fechará a programação da presidente pelos palcos do Mundial antes de a bola rolar – no dia anterior, será a vez de inaugurar o Itaquerão, em São Paulo, local da abertura no dia 12 de junho.

Confira como está o andamento da Arena para o teste do dia 14

Rousseff encontrará o estádio do Atlético em condições de realizar o segundo jogo-teste, marcado para a semana que vem, dia 14/5, com capacidade reduzida de 43 mil para 30 mil lugares.

Daqui a exatamente uma semana, véspera desse amistoso, a entidade esportiva fará uma reavaliação do estádio. A partir dessa análise, dirá o que será ou não testado efetivamente. Haverá ainda uma terceira e última partida no dia 21/5.

Superada essa etapa de testes, em 22/5 a Fifa assumirá a gestão da obra, que corre o risco de não estar pronta nesta data.

A preocupação com a entrega das chaves é causada pelo atraso no repasse da 4.ª e da 5.ª parcelas do financiamento, via Fomento Paraná. "Sem a entrada do dinheiro, fica comprometido o andamento das obras. E o impacto disso é algo imprevisível", diz Luiz Volpato, engenheiro responsável pela remodelação da Arena.

A CAP/SA – gestora da empreitada – deveria ter recebido no dia 24 de abril o restante da 4.ª parcela, no valor de R$ 4 milhões. Por sua vez, a 5.ª parcela, de R$ 6,5 milhões, era para ter caí­do na conta da empresa ontem. Há ainda um último repasse, também de R$ 6,5 milhões, previsto para ser encaminhado no dia 19.

A Fomento confirma o descumprimento. A justi­­ficativa é a atual descapi­­talização do Fundo de De­­sen­­volvimento Estadual (FDE) e a expectativa é de que até o fim desta semana o problema seja contornado, com dinheiro do tesouro do Paraná ou do Banco Nacional de De­­sen­­volvimento Econômico e Social (BNDES).

"Alguns fornecedores [da obra] conseguem contornar, suportam a falta do dinheiro que nós recebemos e encaminhamos para as empresas. Outros não e podemos ter uma paralisação a qualquer momento. É complicado. Estamos fazendo o possível para reverter a situação, mas não tem sido fácil", reforça Volpato.

Caso as dificuldades financeiras perdurem, a Fifa terá de conciliar as suas operações com as do Atlético. A partir do dia 22, a entidade precisa acertar os últimos detalhes para o trabalho de imprensa, dos voluntários, além dos testes para transmissão de dados.

Programado para receber quatro jogos da Copa, a Baixada tem convivido com incidentes e reclamações de atrasos nos pagamentos desde o início da remodelação, em 2012. Na semana passada, a JD Engenharia ameaçou interromper os trabalhos no estádio, mas desistiu ao ouvir a promessa de que teria os débitos sanados.

Diante do quadro de incertezas, a possibilidade de um protesto dos operários durante a visita da presidente aflige os organizadores do Mundial na capital paranaense. O mesmo vale para outras manifestações. Na visita anterior a um palco do evento, em Cuiabá, Dilma deparou-se com as queixas dos policiais federais na entrada da Arena Pantanal.

A chance de atos públicos contra o evento também está sendo monitorada. No último sábado, um protesto em Curitiba terminou com duas pessoas detidas. Cerca de 60 pessoas se reuniram na Boca Maldita e partiram em direção da Prefeitura, onde um tumulto teve de ser contido pela Guarda Municipal.

Check-List

Confira como está o andamento da Arena para o teste do dia 14, com rival do Atlético ainda indefinido. Outra partida está prevista para o dia 21.

Com problemas para a fabricação e instalação das cadeiras, o estádio será aberto para somente 30 mil pessoas, número de assentos praticamente já instalado. A capacidade final da Arena será de 43 mil lugares.

As acomodações para o trabalho dos jornalistas é de responsabilidade da Fifa, não do Atlético. A expectativa é de que o setor esteja boa parte concluído, considerando bancadas, zona mista e sala de conferência.

Os vestiários e acessos para os dois times já estão finalizados, restando apenas alguns pontos de acabamento e limpeza que devem estar solucionados no dia da partida, na quarta-feira à noite.

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