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 | Fotos: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
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Desapropriações

Prefeitura avalia terrenos

De acordo com a prefeitura, as desapropriações de imóveis no entorno da Arena estão próximas de um desfecho. As áreas, porém, estão em processo de avaliação e os moradores e comerciantes garantem que ainda não foram notificados. "A cada semana temos uma atividade nova. Nesta semana está prevista a avaliação topográfica nos condomínios que serão parcialmente desapropriados", disse Luiz de Carvalho, secretário municipal para assuntos da Copa. Enquanto isso, a Secretaria de Planejamento e a procuradoria da cidade trabalham no decreto que será publicado no diário oficial. Além disso, está sendo equacionado o que ficará de propriedade do poder público e o que será do Atlético. Carvalho voltou a ressaltar à reportagem que a parte cedida ao clube não será paga pela prefeitura. (GR)

Paraná não leva delegação à reunião da Fifa

São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais terão representantes no encontro do Comitê Executivo da Fifa, na quinta-feira, às 13h50 (de Brasília), em Zurique. O Para­ná não enviará delegação para o evento, que definirá os calendários da Copa das Confederações 2013 e da Copa do Mundo 2014. "Não recebemos convite formal. E uma viagem para a Suíça não sai barato", explicou o secretário municipal para assuntos da Copa, Luiz de Carvalho.

Na relação do Comitê Orga­nizador Local (COL), estão confirmados para o encontro os governadores Agnelo Queiroz (Distrito Federal) e Antônio Anastasia (Mi­­nas Gerais). Os paulistas destacaram o secretário municipal para o Mundial, Gilmar Tadeu, para acompanhar a reunião. A mobilização política é bem menor do que a ocorrida em 2007, momento da escolha do país para receber a Copa de 2014. Naquela oportunidade, como agora, os paranaenses ficaram na torcida do outro lado do Atlântico.

"Vamos aguardar aqui essa vitória", discursou Luiz de Car­­valho. Curitiba é, inclusive, uma das dores de cabeça da Fifa e do COL, ao lado de Porto Alegre. As dúvidas que pairam em relação aos estádios das duas subsedes têm prejudicado a decisão de quem fica com a última vaga na Copa das Confederações – Bra­sília, Rio, Salvador e Belo Hori­zonte estão extraoficialmente nessa seleta lista.

A capital gaúcha ainda não tem contrato assinado com a construtora responsável pela reforma do Beira-Rio. No Paraná, ainda não está fechado de onde virá o dinheiro para financiar as obras da Baixada. A CBF garante, porém, que não existe, por en­­quanto, a chance de uma delas ficar fora da Copa do Mundo. Esse é um dos pontos que serão exaustivamente discutidos entre o COL e a Fifa entre hoje e amanhã, an­­tes do anúncio da vencedora dessa briga sulista. Isso se ambas não forem eliminadas da Copa das Confederações, o que não se descarta em Zurique.

Para a competição de 2013, a abertura deve ficar entre Brasília e Belo Horizonte, como compensação por ficarem sem o jogo inicial da Copa do Mundo – privilégio que será dado ao estádio paulista, o Itaquerão. A primeira partida do torneio envolverá a seleção brasileira. A equipe de Mano Menezes corre o risco de viajar muito durante o campeonato. A Fifa tem a intenção de fazer o time nacional desfilar por estádios com capacidade acima de 60 mil pessoas, o que colocaria São Paulo, Rio, Belo Hori­zonte, Brasília e Fortaleza no caminho do hexa. O deslocamento seria maior que o dos anfitriões das duas edições anteriores – Alemanha e África do Sul passaram por apenas três cidades.

Outra ideia bem aceita dentro da Fifa é garantir quatro jogos para todas as 12 subsedes brasileiras em 2014.

Da Redação e Agências

Hoje, início da terceira semana na retomada das obras para a conclusão da Arena, o ritmo de trabalho está lento para quem precisa correr contra o tempo. O prazo estipulado para entregar o estádio no padrão Fifa é dezembro de 2012.

No lugar das mais de 20 máquinas e cerca de 30 operários no dia do lançamento, apenas duas escavadeiras e dois caminhões estavam em funcionamento ontem.

Além da pouca quantidade de veículos, são raros os operários trabalhando no terreno que receberá as futuras vagas de estacionamento e o centro de imprensa. Alguns deles, inclusive, nem sequer começaram a dar expediente no local.

Em uma conversa com a re­­portagem da Gazeta do Povo, dois trabalhadores da empreitada comentaram que estão aguardando a retirada de terra suficiente para iniciarem os processos de fundações e instalação de vigas e blocos de concreto. A previsão é de que isso ocorra somente na próxima semana.

Moradores e comerciantes das cercanias da praça esportiva disseram que a movimentação na obra é discreta. "Nem estão incomodando com barulho ainda", brincou um vizinho da obra, que preferiu não se identificar. Se­­gun­do ele, não há expediente no fim de semana e nos dias de chuva o trabalho é interrompido.

É nessa quase inércia que os envolvidos com o evento em Curitiba estão apostando para que a cidade seja confirmada como uma das sedes da Copa das Con­federações em 2013 – a decisão será divulgada nesta semana em reunião do comitê executivo da Fifa em Zurique, na Suíça.

"Estamos habilitados e preparados para a Copa das Confede­­rações. O que mais importa para eles [Fifa] é prazo de entrega e o nosso compromisso é dezembro de 2012", disse o secretário estadual para Assuntos da Copa, Mario Celso Cunha.

Entre as cinco sedes, as praticamente certas são Belo Hori­zon­te, Brasília, Rio de Janeiro e Salva­dor. A quinta cidade ainda é uma in­­cógnita. Nos bastidores, comenta-se que Porto Alegre é a favorita. No entanto, as obras no Estádio Beira-Rio estão paradas e com isso Curitiba teria ganhado força por ser a outra subsede da Região Sul.

"Não podemos apontar quem está na frente ou atrás. Todos estão de igual para igual e é nisso que estamos trabalhando", ga­­rantiu o secretário municipal da Copa, Luiz de Carvalho.

De qualquer forma, ele se mos­­tra confiante de que a Arena receberá jogos da competição em 2013. "A Fifa não vai correr ne­­nhum risco de escolher uma cidade que não estará pronta. É uma decisão meramente técnica e te­nho certeza de que as possibilidades e chances de Curitiba são grandes", concluiu.

A reportagem entrou em contato com as assessorias de imprensa do Atlético e de Mario Celso Petra­glia para receber mais detalhes so­­bre as duas semanas de obra, mas informações sobre prazos e cronogramas não foram passadas.

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