A Copa do Mundo 2018 pode ficar sem cerveja – pelo menos para os torcedores ingleses. Uma crise de abastecimento de dióxido de carbono atingiu as maiores cervejarias e fabricantes de refrigerantes britânicas e ameaça a torcida de um dos países de maior tradição futebolística do mundo.
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Já na semana passada, a Heineken avisou a pubs ingleses que alguns de seus rótulos poderiam sofrer problemas no abastecimento para os próximos dias. Na quarta-feira (27), reforçou que está trabalhando ferrenhamente para reverter a situação. Uma rede de supermercados limitou a compra em seus estabelecimentos a 10 garrafas por pessoa.
Até mesmo produtores parceiros da Coca-Cola diminuíram o ritmo de produção de alguns refrigerantes.
A indústria alimentícia também poderá sair prejudicada. Processadores de aves já avisaram que a falta de CO2 pode causar diminuição ou pausa na produção. O mesmo com processadores de carne suína, de acordo com a Reuters.
E não é só na Inglaterra que falta gás. Entre junho e agosto, as fábricas de amônia costumam ter paradas técnicas aproveitando a demanda menor por fertilizantes. O CO2 utilizado por muitas indústrias é um subproduto dessas fábricas.
Desta vez, porém, as fábricas estão paradas há mais tempo por conta de uma disparada nos preços do gás natural, matéria prima para a amônia. O valor da amônia, por outro lado, mergulhou. Daí a crise, que assola toda a Europa.
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