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Um mês após a depredação do Couto Pereira, funcionários do clube ainda retiram objetos e fazem a limpeza do estádio | Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
Um mês após a depredação do Couto Pereira, funcionários do clube ainda retiram objetos e fazem a limpeza do estádio| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo

Alviverdes

Acerto

O meia-atacante Rafinha (foto), ex-Paraná, e que pertence ao São Paulo, será anunciado até o fim da semana como contratação do Coritiba. Ontem à noite, seriam fechados os detalhes, como o tempo de contrato. Mais dois atletas devem chegar, pratica­­mente fechando o elenco coriti­­bano para o Estadual. Um deles é o meia Enrico, do Vasco.

Liberados

O Coxa anunciou ontem a liberação de mais dois jogadores. O lateral-direito Márcio Gabriel retornou ao Ipatinga, mas o clube manteve 20% de seus direitos federativos. Por sua vez, o volante Rodrigo Pontes foi para o Botafogo-SP. O lateral-esquerdo Guaru (Paraná), o meia-atacante Leozinho (Ceará) e o atacante Thiago Silvy (Sertãozinho-SP) puxaram a fila.

Aguardados

São esperados no CT da Graciosa hoje cinco atletas que ainda não se reapresentaram ao técnico Ney Franco. São eles o zagueiro Pereira, o lateral-direito Ângelo, o meia Geraldo e os atacantes Ariel Nahuelpan e Marcos Aurélio. Em princípio, o retorno do grupo estava marcado para hoje. Como alguns atletas já haviam comprado as passagens aéreas, o clube "desculpou" o atraso.

  • Meia-atacante Rafinha, ex-Paraná, e que pertence ao São Paulo, será anunciado até o fim da semana como contratação do Coritiba

Dia 6 de dezembro, a noite caia em Curitiba, e o Couto Pereira pouco lembrava um estádio de futebol. Estavam lá o gramado, traves e arquibancadas, claro. Mas, se sobressaindo no cenário, havia dezenas de pedras e pedaços de madeiras, fios, projéteis, placas e um sem fim de objetos e cadeiras que foram arremessados ou deixados no campo.

Passado um mês da partida que marcou o rebaixamento do clube, e a selvageria por parte da torcida, aos poucos o Alto da Glória vai sendo reconstruído. Em um primeiro momento, o clube está dando "uma geral" em sua casa. Foram retiradas todas as cadeiras quebradas (que agora formam uma pilha grande no estacionamento), catracas, grades e portões danificados – até o sistema de som não escapou da fúria dos vândalos.

Para recuperá-lo totalmente, serão necessários R$ 400 mil, de acordo com levantamento preliminar feito por uma comissão técnica e apresentado na posse da nova diretoria, na segunda-feira. A intenção é deixar o estádio em condições de utilização já para o Paranaense. Se possível, para a estreia diante do Serrano, dia 16.

"Temos de agilizar as obras para não ter uma perda expressiva no quadro associativo, pois é uma das principais fontes de renda do clube. Dentro do conselho contamos com apoio político e técnico para reverter essa situação", diz Omar Akel, presidente do Conse­­lho Deliberativo do clube.

Para conquistar a permissão, o Coxa precisa dos laudos da Polícia Militar (segurança), Corpo de Bombeiros (prevenção de incêndio) e do Crea (engenharia) – o documento da Vigilância Sani­­tária (condições de higiene) o clube possui. Com tudo isso em mãos, a liberação deverá passar pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) e o Ministério Público, que solicitou a interdição do campo.

Primeiro passo de uma questão que se desenrolará ainda por muito tempo. Ainda este mês, o Coxa pode ter o julgamento do recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por causa da punição com a perda de 30 mandos (competições nacionais) e multa de R$ 610 mil. O tribunal está em recesso até 4 de fevereiro, mas pode convocar uma sessão extraordinária.

Outro ponto é o processo que o clube promete mover contra a Torcida Organizada Império Alviverde, pedindo o ressarcimento pelos danos na praça esportiva. "Estamos ainda estudando e elaborando isso. Pre­­cisa­­mos levantar os valores para en­­tão ter uma posição mais definida. Mas é uma questão de tempo", diz Gustavo Nadalin, diretor jurídico coritibano.

Além de receber pelo dano material, o Coritiba quer desalojar a facção de sua sede. "O imóvel é do clube, mas até agora não fomos comunicados de nada. O (Jair) Cirino (presidente do Coxa) afirmou muita coisa. Entre mover uma ação e receber a diferença é grande. Não foi a instituição (Im­­pério) a responsável pela invasão, mas sim pessoas que já foram identificadas pela Polícia", co­­menta Luiz Fernando Correia, o Pa­­pagaio, presidente da torcida.

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